O Departamento de Justiça dos EUA anunciou terça-feira a prisão no Texas de Igor Dekhtyarchuk, um hacker russo acusado de vender dados digitais roubados, como acesso a milhares de e-mails e pagamentos com cartão.
Em comunicado, ele informou que Dekhtyarchuk, de 23 anos e na lista de hackers mais procurados do FBI, enfrenta até 20 anos de cadeia federal se condenado.
De acordo com a acusação, este hacker russo operava o portal Marketplace A, dedicado à comercialização de dados roubados relacionados a pagamentos online, cartões de crédito e informações pessoais das vítimas.
Este portal teria vendido acesso a mais de 48.000 contas de e-mail e mais de 39.000 contas digitais de outros aplicativos.
O FBI traçou o rastro de Dekhtyarchuk, que já participava de fóruns de hackers em novembro de 2013 sob o pseudônimo de “floraby”, quando ainda era menor de idade.
O pirata começou a anunciar a venda de dados de contas digitais em fóruns da internet em abril de 2018, mesmo ano em que abriu o portal.
Um agente secreto do FBI fez 13 compras no portal Dekhtyarchuk que lhe deu acesso a um total de 131 contas digitais.
“Este caso exemplifica a necessidade de todos nós tomarmos medidas para proteger nossa identidade online, dados pessoais e contas financeiras”, disse o procurador dos EUA para o Distrito Leste do Texas, Brit Featherston, de acordo com o comunicado.
As autoridades letãs colaboraram na investigação do FBI.
O presidente dos EUA, Joe Biden, pediu na segunda-feira às empresas que se protejam de possíveis ataques informáticos realizados pela Rússia em resposta às sanções ocidentais impostas a Moscou por sua ofensiva na Ucrânia.
“Meu governo reitera esses avisos com base em dados dos serviços de inteligência em constante evolução de que o Estado russo está examinando diferentes vias de possíveis ataques cibernéticos”, escreveu o presidente em comunicado divulgado pela Casa Branca.
Segundo Biden, essas práticas fazem parte do “manual russo”.
“Se eles ainda não o fizeram, exorto nossos parceiros do setor privado a fortalecer suas defesas cibernéticas imediatamente”, acrescentou.
Biden disse que o governo “continuará a usar todas as ferramentas para deter, interromper e, se necessário, responder a ataques cibernéticos contra infraestrutura crítica”.
No entanto, ele ressaltou que a maior parte da infraestrutura crítica do país pertence e é operada por entidades privadas, que não podem ser forçadas a tomar medidas específicas de segurança cibernética.
(Com informações da EFE)
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