Conflito entre Rússia e Ucrânia pode ter um impacto negativo na coleta de gasolina do IEPS

De acordo com a BBVA Research, o impacto no México resultante da guerra afeta os preços da energia e das matérias-primas, bem como a produção de alimentos e manufatura.

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CIUDAD DE MÉXICO, 08JUNIO2019.- La Secretaría de Hacienda y Crédito Público (SHCP) recientemente eliminó el estímulo fiscal aplicado al precio de los combustibles, por lo que automovilistas pagarán la cuota completa del Impuesto Especial sobre Producción y Servicios (IEPS) en la gasolina premium el cual es de $4.00 pesos a partir de hoy al 14 de junio. 
FOTO: MARIO JASSO /CUARTOSCURO.COM
CIUDAD DE MÉXICO, 08JUNIO2019.- La Secretaría de Hacienda y Crédito Público (SHCP) recientemente eliminó el estímulo fiscal aplicado al precio de los combustibles, por lo que automovilistas pagarán la cuota completa del Impuesto Especial sobre Producción y Servicios (IEPS) en la gasolina premium el cual es de $4.00 pesos a partir de hoy al 14 de junio. FOTO: MARIO JASSO /CUARTOSCURO.COM

De acordo com um relatório da BBVA Research, o conflito entre a Rússia e a Ucrânia levará a um menor crescimento econômico e maior inflação, já que o impacto nos preços das commodities, bem como nos produtos energéticos, poderia afetar principalmente as receitas públicas e os preços ao consumidor.

Isso se reflete nos altos preços do petróleo e nos preços internacionais, que, ao mesmo tempo em que ajudam as finanças públicas, levam à eliminação da receita do Imposto sobre Produção e Serviços (IEPS) da gasolina e do diesel, como resposta do governo federal ao aumento dos preços no mercado internacional.

Dessa forma, o aumento dos preços dos produtos energéticos afetaria diretamente os preços ao consumidor. De acordo com o BBVA Research, caso o governo federal continue resistindo a permitir aumentos de preços da gasolina em todo o país, a coleta pelo IEPS “pode até ser negativa nos próximos meses”.

O relatório indica que, se houvesse um aumento de 33% nos preços internacionais da gasolina convencional, isso teria um impacto na cobrança pelo IEPS de -78,2% a uma taxa trimestral. Esse aumento, por sua vez, levaria a uma redução trimestral de 81,7% durante o trimestre seguinte.

Infobae
O conflito entre a Rússia e a Ucrânia afetaria os preços da gasolina ao consumidor, de acordo com a BBVA Research (Foto: Reuters/Fabian Bimmer)

Assim, tendo em conta a experiência da chamada “gasolina” (janeiro de 2017), o BBVA Research estima que a administração de Andrés Manuel López Obrador evitará um maior impacto inflacionário em 2022, “mas à custa de um subsídio público significativo para o consumo de gasolina”, alertou.

Nesse ano (2017), a inflação anual foi de 6,9%, inferior à registrada em 2021, que foi de 7,36%. O aumento mensal de 12,7% nos preços da energia em janeiro de 2017 “foi um dos principais fatores que influenciaram o aumento mensal da inflação geral de 1,7%”, indicou a análise econômica Impacto da Gasolina no IEPS e nos preços ao consumidor.

Vale lembrar que o IEPS é o imposto pago pela produção, venda e importação de determinados produtos, como cerveja, tabaco, refrigerantes e combustíveis, por exemplo. Uma das medidas tomadas pelo governo federal para garantir que os preços dos combustíveis não afetem o bolso dos mexicanos é a eliminação desse imposto.

(Foto: Pixabay)
AMLO garantiu que os preços do combustível, gasolina e diesel não aumentarão diante do conflito entre a Rússia e a Ucrânia (Foto: Pixabay)

Na terça-feira, 22 de março, o governo mexicano informou que o estímulo fiscal ao IEPS para combustíveis permanecerá em 100% até 25 de março, que se aplica à gasolina normal, premium e diesel. Dessa forma, para cada litro de gasolina magna, seriam economizados aproximadamente 5,49 pesos e 6,03 pesos para diesel.

Se o governo federal cobrasse o IEPS, os preços médios da gasolina (conforme registrado pela Procuradoria Federal do Consumidor) seriam 27,80 pesos para la magna, 27,80 pesos para premium e 29,13 pesos para diesel.

Por seu lado, o presidente Andrés Manuel manteve sua posição sobre a pressão internacional para o aumento do petróleo, e assegurou que os preços dos combustíveis, também a partir de gasolina e diesel, não aumentará, como acontece com a eletricidade.

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