Colima soma 184 assassinatos e apenas 4 presos até agora em 2022: Ministério Público

O promotor da entidade informou que “praticamente todas” vítimas de assassinato que foram registradas na entidade naquele período têm histórico de abuso de drogas, associação criminosa, crime organizado

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Em Colima, que por muito tempo permaneceu a salvo da violência no país, o inferno eclodiu em 25 de janeiro com um motim na prisão que deixou pelo menos sete feridos e nove morreram em uma suposta briga entre duas celas opostas do Cartel de Nova Geração de Jalisco (CJNG) nos quartos A e B do Centro de Reintegração Social da cidade.

A seguir, foi uma onda imparável de violência e impunidade: 50 homicídios em janeiro; 68 em fevereiro; 66 até agora em março; e apenas quatro presos no primeiro trimestre do que está se configurando para ser um dos piores anos para a entidade em termos de segurança.

Bryant Alejandro García Ramírez, procurador-geral de Colima, informou na terça-feira, 22 de março, que “praticamente todas” das 184 vítimas de assassinato registradas na entidade naquele período têm histórico de tráfico de drogas, associação criminosa, crime organizado e alguns deles são até mesmo totalmente identificados como membros de grupos criminosos criminosos.

Até o momento, quatro pessoas foram presas pelos diferentes atos violentos ocorridos no estado, onde o trabalho continua na integração dos kits de investigação para sua acusação”, explicou o promotor.

Ele também explicou que a investigação de outras pessoas continua, de modo que, uma vez obtidas as provas correspondentes, para solicitar mandados de prisão para sua prisão; ele também reiterou que, em alguns casos, as investigações correspondentes estão sendo realizadas, sua pertença através de parentes ou diretamente os envolvidos.

Trabalhamos em redes de laços familiares ou com organizações do crime organizado”, disse.

O próprio promotor concedeu o aumento da violência na entidade à disputa no estado Cereso entre duas celas da CJNG. O primeiro foi liderado por Felipe Peñaloza, o Vermelho, e Victor Alexander Torres Brizuel, sobrinho de José Bernabé Brizuela Meraz, líder dos Mezcales.

A Procuradoria-Geral do Estado de Colima informou nesta terça-feira que praticamente todos os supostos autores (pelo menos 10 pessoas) do motim foram identificados. Foi revelado que o Ministério Público vai processar os casos um a um para tornar a estratégia mais eficaz, por isso foi afirmado que haverá “contundência” contra os personagens totalmente identificados por imagens e outras provas apresentadas ao longo do processo.

Foi revelado que o Ministério Público vai processar os casos um a um para tornar a estratégia mais eficaz, por isso foi afirmado que haverá “contundência” contra os personagens totalmente identificados por imagens e outras provas apresentadas ao longo do processo.

O Gabinete do Procurador-Geral do Estado abriu uma pasta de investigação que inclui as seguintes evidências:

- 40 entrevistas coletadas com vítimas dos eventos, todas privadas de liberdade; testemunhas e pessoal de segurança e custódia de Cereso.

- 38 opiniões de especialistas em diversas especialidades, como criminologia de campo, balística, química forense, lofoscopia, genética e medicina forense.

- 14 relatórios apresentados pela autoridade Cereso.

- 7 relatórios apresentados por instituições do setor da saúde, incluindo o Instituto Mexicano de Seguridade Social (IMSS) e o Hospital Universitário Regional (HRU).

- 13 relatórios da Polícia Investigadora.

- Inspeção de 43 pastas de vídeo gráfico das câmeras localizadas em Cereso.

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