Adriana Tudela apresentará um projeto de renovação do Congresso a cada 2 anos

A ideia de oficializar o voto voluntário também foi proposta pela deputada do Avanza País.

A deputada Adriana Tudela surpreendeu com o anúncio de um projeto de lei que faria votação voluntária desde as eleições de 2026. Soma-se a isso uma nova proposta a ser apresentada que permitiria que a conformação do Congresso fosse renovada a cada dois anos. Segundo a própria parlamentar, os detalhes dessa ideia serão conhecidos nos próximos dias.

Permita que os cidadãos a cada dois anos e meio façam uma avaliação do trabalho que os congressistas estão fazendo e possam recompensar bem o congressista que está fazendo seu trabalho reelegendo-o para completar seu mandato ou, caso contrário, substituí-lo por outra pessoa que seja mais capaz de realizar o trabalho de representação ”, ela apontou qual seria sua próxima proposta como parlamentar.

No entanto, essa não é a única mudança que você deseja fazer sobre a forma como os representantes da população são eleitos. Tudela acrescentou que vai propor a reforma do sistema eleitoral para que o Congresso abandone o sistema de representação proporcional e use um sistema de representação de nome único.

Um cidadão peruano escolhe a votação no campus da Ifema em Madri. EFE/Paolo Aguilar/Arquivo

Saia do sistema de representação proporcional, que é o que tivemos até agora em que listas de candidatos são apresentadas e eles estão entrando no Congresso por causa da proporção dos votos obtidos, e passar a ter um sistema de representação de nome único. Isso é que cada eleitorado tem um representante claramente identificável no Congresso. Claro que os círculos eleitorais seriam menores”, frisou.

VOTO VOLUNTÁRIO

O voto no Perú é obrigatório para todos os cidadãos maiores de 18 anos, mas para a deputada Adriana Tudela esse direito deixa de ser quando deixa de ser exercido livremente. “É um projeto de lei que busca defender um princípio. O direito de voto deve ser livre, caso contrário deixa de ser um direito”, disse.

Esta iniciativa faz parte de um pacote de projetos de reforma política que pretendo apresentar ao longo desta semana. O que proponho é que o voto seja exercido voluntariamente, não é possível que, no Perú, que é um direito, seja exercido sob coação de multas. Ao mesmo tempo, um direito não pode ser uma obrigação”, acrescentou o parlamentar.

Para que a proposta seja bem-sucedida, eles precisarão revogar os artigos 9, 17, 21, 26 da Lei nº 26859, Lei Orgânica das Eleições, que mencionam a obrigatoriedade do voto nas eleições no Perú. “Se queremos ver mudanças em nossa classe política, precisamos fazer mudanças no sistema eleitoral. Se continuarmos fazendo tudo da mesma forma, não encontraremos resultados diferentes. Essa é uma forma de fortalecer a democracia”, disse Tudela para explicar a motivação do projeto futuro.

| Foto: Congresso da República

Em relação à proposta da deputada Betssy Chávez de que, no caso de o presidente ser desocupado, devem ser convocadas eleições gerais, o que Tudela disse ser mais uma resposta ao contexto político que o presidente está enfrentando. “A reforma do ministro parece-me mais impedir uma possível vaga a todo custo do que fazer uma reforma substantiva. Os vice-presidentes existem para alguma coisa, se o presidente estiver desocupado, as eleições gerais não fariam sentido algum, então por que elegemos um vice-presidente”, disse.

Sobre o assunto do avanço das eleições, em geral, acho que, se essa é a única saída, é algo que eu apoiaria. Mas não é a melhor saída para a crise que estamos vivendo, acho que a melhor saída é a vaga, é constitucional e democrática. Previsto para situações que estamos vivenciando hoje”, acrescentou.

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