As forças ucranianas mantêm a forte defesa para conter o avanço das tropas invasoras de Vladimir Putin. Com o passar dos dias, há cada vez mais perdas que o exército russo vem sofrendo em sua busca para chegar a Kiev.
Nas últimas horas, circulou um vídeo mostrando como drones ucranianos destroem tanques russos. Nas imagens você pode ver os veículos blindados camuflados entre as árvores, no meio da floresta, até serem atingidos por mísseis ucranianos.
O vídeo de dois minutos mostra vários ataques semelhantes que foram realizados nas últimas horas, em várias partes do país.
Na terça-feira, o Estado-Maior das Forças Armadas ucranianas estimou 15.300 soldados russos mortos em quase um mês desde o início da invasão russa da Ucrânia.
As tropas russas também perderam 509 tanques, 1.556 veículos de combate blindados, 252 sistemas de artilharia, 80 sistemas de lançamento de foguetes múltiplos (MLRS) e 45 sistemas de defesa aérea.
A lista de perdas do lado russo publicada pelo Estado-Maior General das Forças Armadas da Ucrânia no Facebook completa 99 aeronaves, 123 helicópteros, 100 veículos, três navios, setenta petroleiros de combustível, 35 veículos aéreos táticos não tripulados operacionais e 15 equipes especiais.
Enquanto isso, conforme relatado em sua conta no Twitter, jornalista do portal de notícias Kyiv Independent, Ilia Ponomarenko, o diário Komsomolskaya Pravda, próximo ao Kremlin, publicou hoje que, de acordo com o Ministério da Defesa russo, houve 9.861 vítimas no “especial” da Rússia operação” na Ucrânia.
O repórter, que compartilha um instantâneo das informações, afirma que elas foram excluídas minutos depois do site do jornal russo.
Pode-se ler que “de acordo com cálculos preliminares do Estado-Maior General das Forças Armadas da Ucrânia, desde o início da operação militar especial na Ucrânia e até 20 de março, as Forças Armadas da Rússia perderam 96 aeronaves, 118 helicópteros e 14.700 soldados”.
“O Ministério da Defesa russo nega as informações do Estado-Maior sobre essas supostas perdas em grande escala. Segundo dados do Ministério da Defesa russo, durante o curso da operação especial na Ucrânia, as forças armadas russas perderam 9.861 pessoas, e outras 16.153 ficaram feridas”, acrescenta o texto capturado.
Em 2 de março, o Ministério da Defesa admitiu a morte de 498 soldados russos, além de 1.597 soldados feridos.
“Infelizmente, entre nossos camaradas que participam da operação militar especial, há perdas. 498 soldados russos morreram no cumprimento do dever. Oferecemos toda a ajuda possível à família dos caídos”, disse o porta-voz da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov, em comunicado.
A Ucrânia também garantiu que as forças russas têm combustível e comida por três dias. “As forças de ocupação russas que operam na Ucrânia têm estoques de munição e alimentos por no máximo três dias. A situação é semelhante com o combustível, que é reabastecido com navios-tanque”, diz a última parte da guerra pelo Ministério da Defesa da Ucrânia.
A ONU certificou a morte de 953 civis desde que a Rússia lançou a invasão, 78 deles crianças e 1.557 feridos. As autoridades da agência esclarecem que a contagem inclui apenas dados confirmados e admite que os números reais são muito maiores.
O secretário-geral António Guterres pediu na terça-feira o fim da “guerra absurda” iniciada pela Rússia, alertando que o conflito está “indo a lugar nenhum, rápido” e que o povo ucraniano está “suportando o inferno”.
“Continuar a guerra na Ucrânia é moralmente inaceitável, politicamente indefensável e militarmente absurdo”, disse Guterres aos jornalistas.
A Rússia está esmagando o porto ucraniano sitiado de Mariupol em “cinzas de uma terra morta”, disse o conselho municipal local na terça-feira, descrevendo duas outras enormes bombas que caíram sobre a cidade que está isolada há semanas.
“Mesmo que Mariupol caia, a Ucrânia não pode ser conquistada cidade por cidade, rua por rua, casa por casa”, disse Guterres. “Essa guerra não pode ser vencida. Mais cedo ou mais tarde, ele terá que passar do campo de batalha para a mesa da paz.”
“É hora de acabar com essa guerra absurda”, disse.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro o que chama de “operação militar especial” para destruir a infraestrutura militar da Ucrânia. Kiev e seus aliados ocidentais acusaram Moscou de atacar civis indiscriminadamente, algo que as forças russas negam.
Guterres disse que cerca de 10 milhões de ucranianos fugiram de suas casas e alertou que as reverberações da guerra estão sendo sentidas globalmente “com a disparada dos preços de alimentos, energia e fertilizantes ameaçando se tornar uma crise global de fome”.
“Há o suficiente na mesa para cessar as hostilidades -agora- e negociar seriamente -agora-”, disse Guterres.
Com informações da EFE e da Reuters
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