
A Câmara de Exame da Jurisdição Especial para a Paz (JEP) suspendeu definitivamente e até novo aviso as audiências no macro caso 04, no qual Dairo Úsuga, conhecido como vulgo Otonie l, falará como testemunha. O ex-chefe do Clã do Golfo prestaria seu depoimento no caso Urabá; no entanto, os procedimentos que estavam sendo realizados na terça-feira foram interrompidos duas vezes por funcionários da Polícia Nacional.
Fontes próximas a La W relataram que a audiência de hoje nunca poderia ser iniciada formalmente porque vários homens uniformizados ordenaram que a porta do complexo fosse mantida aberta, o que não é possível proteger a reserva do testemunho do pseudônimo Otoniel. Em duas ocasiões, o público até fechou a porta, mas a polícia a reabriu. Diante dessa situação, o juiz responsável pelo caso decidiu suspender o processo devido à falta de garantias.
Deve-se lembrar que esta não é a primeira vez que os uniformizados interrompem e afetam o testemunho de Otoniel. Em 10 de março, o PEC também suspendeu a audiência, já que os policiais que guardavam o ex-chefe do Clã do Golfo se recusaram a sair da sala enquanto ele prestava seu depoimento, e havia outros oficiais na plateia sem qualquer explicação.
Naquela época, o tribunal ordenou que o diretor de La Dijín, major-general Fernando Orrego, se abstivesse de “realizar ações que afetem a reserva de processos judiciais com a presença de pessoal uniformizado ou não uniformizado” nos tribunais. Ele também pediu para evitar aquelas “ações que dificultam a prática do depoimento”, afirmou a Corte.
Segundo o El Colombiano, acredita-se que as intervenções das forças públicas teriam como objetivo impedir Otoniel de revelar o envolvimento da instituição em eventos associados a narcoparamilitares. Essa suposição foi repetidamente negada pela Polícia, afirmando que não tem intenção de afetar as audiências do pseudônimo Otoniel.
É importante notar que a declaração de Dairo Úsuga é dada no âmbito do macro caso 04 do JEP em Urabá. Lá, a situação territorial é priorizada com base nos eventos do conflito ocorrido nessa região entre 1986 e 2016.
O tribunal espera que o testemunho de Otoniel sirva para discutir em profundidade as relações entre diferentes atores armados e civis na área de Urabá e como eles se beneficiaram da violência para se deslocar e enriquecer.
Supremo Tribunal de Justiça negou a suspensão da extradição Otoniel
Na última segunda-feira, 15 de março, o Supremo Tribunal de Justiça respondeu ao pedido do pseudônimo Otoniel para se submeter ao PEC, a fim de evitar sua extradição para os Estados Unidos, onde ele é obrigado por delitos de tráfico de drogas.
O tribunal superior negou-lhe a suspensão da extradição e indicou que Dairo Úsuga não está na lista de ex-combatentes das FARC, nem fazia parte das Forças Públicas, que são os atores que o PEC é responsável por investigar e processar.
“A Câmara abster-se-á de remeter o processo para a Jurisdição Especial para a Paz, da qual decorre que o pedido de suspensão do processo de extradição também não será concedido, uma vez que não há visão séria e fundamentada de que Dairo Antonio Úsuga David cumpre o fator rationae personae”, diz o documento do tribunal.
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