“Eu não queria nada no mundo”: o ator Diego Cadavid revelou como tem sido sua luta contra a depressão

O ator também se referiu ao suicídio como uma opção que nunca deixaria de contemplar, relembrando casos como o de sua ex-namorada, a modelo Lina Marulanda

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Um dos atores com maior participação em produções colombianas é Diego Cadavid, lembrado por seus papéis em produções como 'Yo soy Betty, la uga', 'El cartel de los sapos', 'La Saga: empresa familiar' e 'Sonhar não custa nada', entre outras.

Recentemente, ele interpretou Iván Vallejo no remake de 'Café, com o aroma de uma mulher', uma novela que, no último fim de semana, ganhou três prêmios India Catalina. Mas precisamente o sucesso desse formato contrastou com a realidade de Cadavid, que confessou ter depressão há vários anos.

O jovem de 43 anos de Medellín revelou, em diálogo com La Red, que sofre dessa condição, gerando fortes crises emocionais que o levaram a pensar em suicídio. Em seu relato, ele também revelou qual era a origem dessa condição e há quanto tempo luta contra ela.

Quando minha avó morreu há cerca de três ou quatro anos eu tive uma super, super depressão lá embaixo, como se eu não quisesse viver, não havia energia que me fizesse acordar, eu não queria nada no mundo”, disse o baterista da banda 'The Mills'. Aliás, ele evocou que, quando criança, apresentava sinais de ansiedade, que se manifestavam de várias maneiras.

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“Eu sofri um pouco (...) principalmente de extrema responsabilidade; quem ouvir vai dizer que é uma nota, mas não foi legal. Em outras palavras, tudo tinha que ser feito perfeitamente para mim, se eu tivesse um livro ou um lápis sobrando, eu me atacaria para chorar”, lembrou Cadavid, cuja infância foi marcada pelo cuidado de seus pais, mas também de seus avós; até seu pai, psicólogo de profissão, tentou ajudá-lo, mas havia um momento em que ele decidiu que deveria receber apoio mais profundo.

Apesar de não ter um diagnóstico clínico, ele teve que ir a pessoas próximas para apoiá-lo em cada um dos episódios depressivos, mencionando que após a morte de sua avó ele sentiu que atingiu o fundo do poço.

“(...) Vendo-me tão baixo e tão perto do suicídio e pensando em sair disso, eu disse 'Ei, homens, aqui você tem que parar as bolas nisso'”, acrescentando que durante a crise ele pensou seriamente em acabar com sua vida; ele até contemplou “o tempo, o caminho e quando ele fez isso”.

“O suicídio é uma possibilidade que nunca deixarei de contemplar”, disse Diego Cadavid, lembrando o caso de sua ex-companheira, Lina Marulanda, falecida em 22 de abril de 2010, e de outras pessoas próximas que executaram essa opção, dizendo também que ele concorda com ela.

“Parece-me que é uma opção e que, se você estiver em um ponto em que não pode mais, vá. Sinto que você tem todo o direito” e, nesse sentido, afirmou que na adolescência tentou se suicidar e que esse episódio foi “traumático” para sua família.

Por fim, ele falou sobre o caso de J Balvin, que também confessou, por meio das redes sociais, ter sintomas associados à ansiedade e à depressão. Nesse ponto da palestra, Cadavid afirmou que o “artista urbano” é um homem que deve ter o padrão muito alto o tempo todo; ele tem que estar fazendo música o tempo todo, ele tem que estar acordado às 6 da manhã, tocar às 10 da noite (...) Quero dizer, ele tem um bilhão de dólares, mas ele leva uma vida que é muito complicada, então é compreensível que ele sofra com isso.”

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