As escolas mexicanas são espaços que “promovem” a obesidade, por isso é urgente aprovar e implementar a reforma da Lei Geral de Educação sobre ambientes escolares saudáveis, especialistas e legisladores considerados terça-feira.
“As escolas são espaços que promovem a obesidade, uma vez que a prevalência desta doença em toda a escola primária aumenta em 50%”, alertaram as organizações membros da Contrapeso e da Food Health Alliance em um boletim informativo.
Segundo as agências, durante a jornada escolar, que dura em média quatro horas e meia, há mais de cinco oportunidades de consumir produtos que predominam os chamados “junk food” e bebidas açucaradas, levando a um consumo médio de 550 calorias.
Eles lembraram que no México 38,2% das crianças vivem com sobrepeso ou obesidade e 1 em cada 2 desenvolverá diabetes ao longo da vida se não tomar medidas urgentes de prevenção; além disso, esse contexto foi agravado ainda mais pela atual pandemia de coronavírus.
É urgente adotar uma lei
Neste contexto, as organizações confiaram que a Câmara dos Deputados avançará e aprovará a iniciativa de reforma da Lei Geral de Educação, promovida pelo deputado Armando Contreras Castillo, membro da Comissão de Justiça.
Para o legislador, é necessário estabelecer uma base política para a alimentação escolar para transformar as escolas em espaços saudáveis.
Entre os pontos abordados por esta reforma estão o fortalecimento das diretrizes para a preparação, distribuição e venda de alimentos e bebidas preparados e pré-embalados para garantir um ambiente e estilos de vida saudáveis.
Além de proibir a venda e publicidade de produtos ultraprocessados com baixo valor nutricional, além de garantir o acesso a alimentos naturais.
Além disso, busca promover ambientes e estilos de vida saudáveis, por meio de brincadeiras ativas, atividades físicas e esportes, dentro e fora do campus, e promover programas de orientação e educação para uma alimentação saudável e nutritiva voltada para crianças e adolescentes.
Enquanto os números da UNICEF detalham que 1 em cada 20 meninas e meninos com menos de 5 anos de idade, e 1 em cada 3 entre 6 e 19 anos, está com sobrepeso ou obesidade