O presidente da Federação Internacional de Atletismo (World Athletics), Sebastian Coe, expressou seu medo de que o esporte feminino seja enfraquecido pela participação de competidores transgêneros.
“A integridade do esporte feminino, se não agirmos para o seu futuro, é muito frágil”, disse o presidente do atletismo mundial ao jornal britânico The Times na terça-feira.
De acordo com o ex-corredor do meio-campo, além dos debates sociais e questões éticas, a presença de atletas transgêneros nas competições representa um problema para garantir oportunidades iguais.
“O gênero não pode conquistar a biologia”, disse.
“Devemos confiar o máximo possível na ciência”, insiste Coe, para quem “não há dúvida de que a (taxa de) testosterona é o principal determinante do desempenho”.
“Isso é o que sempre tentamos fazer quando a questão era espinhosa”, acrescentou o presidente do World Athletics.
Os regulamentos da Federação Internacional de Atletismo nesta matéria indicam que uma atleta transgênero deve provar que tem um nível muito baixo de testosterona no ano anterior à competição em que deseja participar, fornecendo regularmente documentos médicos durante esses doze meses.
As palavras de Coe vêm alguns dias depois de Lia Thomas, uma nadadora transgênero, ter participado dos campeonatos universitários americanos em Atlanta, onde venceu as 500 jardas no estilo livre com mais de um segundo e meio sobre o segundo.
O caso de Lia Thomas, que no passado competiu em eventos masculinos, gerou divisão na opinião pública nos Estados Unidos. Seus detratores acreditam que ele tem uma vantagem fisiológica injusta.
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