Tendo em vista o recente ataque civil à base militar 'La Esperanza', as autoridades de El Tarra, Norte de Santander, alertaram que existe uma crise humanitária nesta área de Catatumbo. O Exército Nacional disse em um comunicado à imprensa que “cerca de duzentas pessoas, aparentemente a maioria venezuelanas, tentaram romper a segurança e entrar na base militar de maneira tumultuada e violenta”.
Os militares também indicaram que, de acordo com inquéritos preliminares, “esses atos violentos teriam envolvido envolvimento criminoso vulgo Jhon Mechas e vulgo Pedro, líderes da estrutura criminosa do Grupo Armado Organizado Residual GaO-r E33”. Eles também afirmaram que, devido ao som do som, 17 pessoas ficaram feridas e uma morte foi registrada.
Segundo o Exército, este GAO visa “atacar as forças de segurança e os habitantes da região, através da fabricação e uso de dispositivos explosivos improvisados”. Por sua vez, eles explicaram que aqueles que participaram do evento lançaram dispositivos explosivos e dispararam tiros de fuzil, o que deixou inúmeros danos materiais nas proximidades da base militar.
“Da mesma forma, dispositivos explosivos improvisados localizados perto da base foram desativados, ações que violam os direitos humanos e violam as normas do Direito Internacional Humanitário, conduta que será denunciada às autoridades”, disse o Exército no comunicado à imprensa.
O alerta do prefeito
O prefeito de El Tarra, Yair Díaz, pediu às autoridades nacionais e departamentais que solicitem assistência humanitária à população e rejeitou “qualquer ato de violência que impeça o gozo efetivo dos direitos e tranquilidade dos habitantes”. Por sua vez, ele pediu a uma comissão de direitos humanos para ir ao território e “fazer a verificação adequada do impacto que pode estar ocorrendo”, acrescentou o presidente local.
Com relação ao status de migração, o Exército Nacional declarou que há 6.000 pessoas de nacionalidade estrangeira e aproximadamente 1.000 delas estão ocupando ilegalmente terras no município.
Díaz foi enfático aos microfones da Rádio RCN, pois “a presença da Migration Colombia é urgentemente necessária para dar uma gestão adequada”. O prefeito garantiu que o município não tem “capacidade suficiente para oferecer os vários serviços exigidos pelos seis mil venezuelanos”.
Por sua vez, a Ouvidoria se reuniu em 21 de março com a Missão de Apoio ao Processo de Paz na Colômbia, a Autoridade Municipal, a Prefeitura de El Tarra e a autoridade eclesiástica para analisar a situação. “Estamos procurando canais de diálogo e mediação para tentativa de entrada da população nas instalações de uma base militar”, escreveu a entidade em sua conta no Twitter.
Eles relatam assédio e ataques contra as forças de segurança em Catatumbo, Norte de Santander
Deve-se lembrar que os recentes acontecimentos em El Tarra não são os únicos que geraram um rebuliço no Catatumbo, no Norte de Santander. Em 15 de março, houve vários ataques e assédios contra unidades militares em alguns municípios da região, na área de fronteira com a Venezuela.
Os homens uniformizados teriam sido atacados com rajadas de fuzil e dispararam dispositivos explosivos contra eles na aldeia de La Gabarra, na zona rural do município de Tibú. Enquanto nas áreas rurais do município de San Calixto, foram relatados confrontos com grupos armados ilegais não identificados, conforme relatado na Rádio Caracol.
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