As partidas da equipe para a Colômbia têm visões mistas sobre a contagem de votos

O partido Christian Mira e o Partido U, liderados por Dilian Francisca Toro, contrastam suas posições contra a proposta do secretário de contar votos, que no final não foi apresentada

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Na terça-feira, 22 de março, o secretário nacional da Colômbia, Alexander Vega, iria propor à Comissão Nacional de Garantias Eleitorais a contagem de votos nas eleições legislativas, uma proposta inédita na história do país, com o objetivo de esclarecer dúvidas sobre o processo eleitoral que tem tem sido muito questionado por vários setores.

A proposta, apoiada pelo presidente Iván Duque, motivada por múltiplas alegações e indícios de irregularidades na pré-contagem dos votos, acabou não sendo submetida ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e às demais autoridades eleitorais, “para a tranquilidade das forças políticas”, o registrador argumentou nacional, que esteve na arena pública na última semana devido aos fracassos evidenciados nas eleições.

No entanto, antes de ser conhecida a decisão do Registro Civil Nacional de recordar na apresentação da proposta de pré-contagem, várias comunidades e setores do país contrastaram posições a favor e contra esta medida, com o objetivo de dar “transparência e legitimidade” ao dia da eleição. em que a formação do novo Congresso foi definida.

Foi o caso da Equipe para a Colômbia, a coalizão de direita que definiu nas urnas a candidatura única do ex-prefeito de Medellín, Federico 'Fico' Gutiérrez, como o candidato que disputará o primeiro turno presidencial, no qual, apesar de mostrar coesão durante a campanha eleitoral, ele teve visões mistas da contagem de votos propostas pelo cartório.

Por sua vez, a ex-governadora do Valle del Cauca e diretora do Partido U, Dilian Francisca Toro, que foi a primeira a se juntar à aliança de direita antes das eleições legislativas, reconheceu seu apoio à proposta da recontagem geral apoiada pelo presidente, pedindo “confiança em instituições”.

“Em primeiro lugar, como afirmou a Missão de Observação Eleitoral (OEM), estou convencido de que não houve fraude nas eleições de domingo passado e que o nosso é um sistema eleitoral que funciona corretamente. Todo esse estado de coisas que gerou angústia entre os cidadãos vem de erros na transmissão de dados e o que devemos fazer é confiar nos mecanismos que nosso sistema eleitoral possui, que historicamente demonstraram eficácia e transparência”, disse a baronesa eleitoral de Valle del Cauca.

A este respeito, observou que, embora a recontagem, que assegurou concordar em “servir o propósito último da democracia: manter a confiança dos cidadãos no sistema”, fosse uma possibilidade legal, deve-se assegurar que logisticamente é uma realidade que preserva o jurídico e a transparência.

No entanto, o partido Mira, uma comunidade cristã que também faz parte desta coalizão que se destaca como o candidato da aliança de esquerda liderada pelo líder da oposição Gustavo Petro, compartilhou uma declaração em que argumentou que “não era apropriado ou pertinente” realizar um relato geral dos votos, contrastando a postura do Diretor do Partido da U.

A contagem foi avançada de acordo com o procedimento estabelecido no atual Código Eleitoral, que, embora obsoleto, oferece garantias por ter órgãos com competência para consolidar os resultados das comissões de contagem auxiliares, zonais, municipais e distritais. Ao mesmo tempo, destaca-se o trabalho criterioso dos caixas (juízes e notários) que ofereceram as garantias e trataram das denúncias que foram apresentadas”, disse o partido evangélico.

Os contrastes nas posições contra a recontagem, que teriam sido esclarecidos na Equipe para a Colômbia, quando a proposta não foi apresentada continuarão afetando a legitimidade das eleições legislativas e a formação do novo Congresso, tecendo um manto de dúvidas sobre o primeiro turno presidencial a ser realizada em 29 de maio.

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