América do Sul define sua qualificação para a Copa do Mundo no Catar

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BUENOS AIRES (AP) - Após dois anos intensos, com uma pandemia no meio, a América do Sul fecha a qualificação para a Copa do Mundo no Catar. Com o Brasil e a Argentina qualificados há um tempo, os dois últimos dias da competição definirão os ingressos diretos restantes para a Copa do Mundo e o quinto lugar para jogar um playoff intercontinental contra uma seleção asiática.

Aqui estão os detalhes a serem levados em consideração:

QUAIS SELEÇÕES TÊM O MELHOR PERFIL PARA CLASSIFICAÇÃO?

Equador (25), Uruguai (22) e Perú (21) dependem de si mesmos.

Se o “Tri”, que no início do empate contratou o argentino Gustavo Alfaro às pressas após a demissão incomum de Jordi Cruyff sem fazer sua estréia, retornará à Copa do Mundo após oito anos com uma vitória ou empate contra o já eliminado Paraguai na quinta-feira em Assunção.

O Uruguai, que liderado por seu novo técnico Diego Alonso emergiu da agonia em que havia caído após quatro derrotas consecutivas sob o comando do septuagenário Oscar Tabárez, tem que vencer o Perú em Montevidéu para conseguir uma passagem para o Qatar e ir para sua quarta Copa do Mundo consecutiva.

“A importância desta partida é fundamental e não temos escrúpulos em especular”, disse Alonso. “Vamos jogar como se fosse uma final.”

Blanquirroja pode garantir o playoff pela segunda rodada consecutiva se marcar três pontos contra o Uruguai - apenas duas vitórias fora na capital uruguaia na história - e o Chile (19) não vencer o Brasil.

Na última data, na próxima terça-feira, o Uruguai visitará o Chile e o Perú será local contra o Paraguai.

“Chegar à última data dependendo de nós é algo que estava dentro de nossos objetivos”, disse Ricardo Gareca, o técnico argentino que está tentando repetir com os peruanos em uma Copa do Mundo. “Você precisa ter muita discussão, convicção, mentalidade para se tornar dependente apenas de nós nas duas últimas datas.”

QUAIS SÃO AS POSSIBILIDADES DO CHILI?

Uma derrota para o Brasil no Maracanã, no Rio de Janeiro, o deixa de fora. Seu recorde como visitante do pentacampeão mundial é lapidário: ele nunca venceu e marcou apenas dois gols.

Se o “Roja” empatar, sua sorte dependerá de uma vitória sobre o Uruguai na última data e que o Perú não prevaleça contra o Paraguai para aspirar à repescagem.

“É claro que não podemos ter um jogo tímido, porque temos uma necessidade”, disse Martín Lasarte, treinador uruguaio do Chile. “Até onde pudermos, temos que fazer uma correspondência igual. Entre isso e o suicídio, há uma linha muito tênue.”

ALÉM DOS OBJETIVOS, DO QUE A COLÔMBIA PRECISA?

A Colômbia (17), que não marca gols há seis datas e tem seu histórico marcador Radamel Falcao ausente devido a lesão, só pode aspirar ao quinto lugar na repescagem.

Para fazer isso, ele deve somar os seis pontos contra a Bolívia e a Venezuela e que o Perú não vence em seus dois compromissos.

QUE MARCA O BRASIL PODE QUEBRAR?

O líder das eliminatórias com 39 pontos tem como objetivo estabelecer um novo recorde nas eliminatórias sul-americanas no atual formato all-for-all. Se somar seis unidades contra Chile e Bolívia, ultrapassará as 43 vitórias pela Argentina nas eliminatórias Coreia-Japão de 2002. Além disso, ele deve completar o jogo justo contra o Albiceleste (35) suspenso em setembro de 2021 pelas autoridades sanitárias brasileiras e que a FIFA mandou retomar em estádio neutro.

MESSI E NEYMAR, SÍNDROME DE PARIS?

As duas primeiras figuras da América do Sul retornam às suas seleções depois de estarem ausentes nos últimos jogos da classificação e há dúvidas sobre seu nível atual. Ambos se tornaram alvo de críticas ferozes à hecatombe do Paris Saint-Germain (PSG) na Liga dos Campeões e seu futuro no clube francês é desconhecido.

Entre lesões e questionamentos sobre seu profissionalismo fora da quadra, a estrela brasileira não é mais intocável no Brasil, que agora presta admiração a Vinicius Jr.

O capitão argentino esteve ausente de vários jogos nesta temporada, algo raro em sua carreira. Desta vez ele tem uma síndrome de gripe que o impediu de jogar no último fim de semana pelo seu clube, embora sua presença esteja descartada pelo menos contra a Venezuela em casa.

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