A atividade econômica do México aumentou apenas 0,3% em fevereiro em relação a janeiro, de acordo com estimativas antecipadas divulgadas na terça-feira no Indicador Oportuno de Atividade Econômica (IOAE), realizado pelo Instituto Nacional de Estatística e Geografia (Inegi).
De acordo com a IOAE - que estima o desempenho da economia com antecedência antes da publicação do índice geral do Indicador Global de Atividade Econômica (IGAE), uma referência do PIB mensal - também informou que a atividade da economia mexicana cresceu 2,8% ano a ano em fevereiro.
Inegi explicou que para os Grandes Setores de Atividade da IGAE, estima-se um aumento anual de 3,5% nas Atividades Secundárias (indústria) e de 1,6% no Setor Terciário (serviços e comércio), de acordo com números ajustados sazonalmente.
“Se essas projeções fossem concretizadas, a economia mexicana teria crescido quatro meses consecutivos, algo que não acontecia desde o final de 2020”, disse Janneth Quiroz, vice-diretor de Análise da Monex, citado pelo jornal La Jornada.
No entanto, o progresso marginal alcançado em fevereiro confirmaria que a recuperação econômica no México é lenta, enquanto a inflação continua aumentando.
Em 9 de março, Inegi anunciou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPC) ficou em 7,28% a uma taxa anual na segunda quinzena de fevereiro, mas de acordo com analistas, os níveis de inflação continuarão a subir no curto prazo.
Vários especialistas apontaram que o conflito entre a Rússia e a Ucrânia — que está prestes a completar um mês — desencadeou os preços das commodities em todo o mundo.
De acordo com os registros do Inegi, o índice de preços subjacente teve uma variação de 6,59% ao ano em fevereiro, a maior desde junho de 2001.
Em uma taxa mensal, o INPC apresentou uma variação de 0,83 por cento durante esse período, a maior desde novembro do ano passado, e foi a maior em um segundo mês desde 2000.
Entre os produtos e serviços que mais aumentaram seus preços estão o gás doméstico LP, frango, limão e carne.
Outro produto que se tornou significativamente mais caro é a tortilha, essencial na dieta dos mexicanos.
O fato é que a tortilha registrou um aumento anual de 18,05% em fevereiro passado, o aumento mais importante em uma década, e que perto de seu recorde de 18,79%, registrado em janeiro de 2012.
Na Cidade do México (CDMX) e em grande parte do Vale do México, a tortilha vende entre 20 e 22 pesos por quilo, enquanto no resto do país, seu custo é entre 25 e 27 pesos.
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