Sheinbaum e Ebrard não “cobrem o perfil da esquerda” para serem presidenciais: Fernández Noroña

O deputado do PT garantiu que, se o chefe de governo ou o ministro das Relações Exteriores mexicano se tornasse presidente do México, o bloco de oposição não estaria “em uma determinação de pátria ou morte”.

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Gerardo Fernández Noroña, deputado federal pelo Partido Trabalhista (PT), disse que nem a chefe de governo da Cidade do México, Claudia Sheinbaum, nem o chefe do Ministério das Relações Exteriores (SRE), Marcelo Ebrard, “cobrem o perfil de esquerda” que possui para representar a auto-descrita Quarta Transformação (Q4) em 2024.

Durante uma transmissão em suas redes sociais, os petistas elogiaram o trabalho de ambos os funcionários em seus respectivos cargos; ele também mencionou que uma campanha seria travada contra ele para impedi-lo de representar o projeto nacional do presidente Andrés Manuel López Obrador (AMLO) no próximas eleições presidenciais.

Nem Claudia, companheira de esquerda, destacada, talentosa, trabalhadora, eficaz, comprometida, comprometida, consistente; nem Marcelo Ebrard, esplêndido chanceler, também talentoso, preparado, comprometido, capaz; eles cobrem o perfil da esquerda que eu tenho. Para a direita, qualquer um dos parceiros é aceitável para eles”, disse Fernández Noroña.

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O petista garantiu que a oposição respeitaria se Sheinbaum ou Ebrard estivessem no comando do Palácio Nacional (Foto: EFE/Francisco Guasco)

De acordo com as declarações do petista, se o presidente da capital ou o chanceler mexicano estivessem no comando do Executivo, o bloco de oposição não estaria “em uma determinação de pátria ou morte”.

Comigo eles fariam todo o possível ou impossível para me impedir de ser candidato e não chegar à presidência”, disse o deputado do PT.

Embora Fernández Noroña tenha mostrado seu apoio à administração de López Obrador no passado, ele mencionou que “a maior liderança do país não é ele”.

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Fernández Noroña disse que “a maior liderança do país não é” AMLO (Foto: GALO CAÑAS/CUARTOSCURO.COM)

A liderança e o motor mais poderosos, como ele mesmo reconhece, é o povo consciente do México, o povo do México na luta, o povo politizado do México, e esse é o único que vai decidir e essa liderança eu mantenho”, disse.

De acordo com dados de uma pesquisa realizada pela consultoria Enkoll, dentro do Movimento Nacional de Regeneração (Morena), o partido que levou o Tabasqueño ao Palácio Nacional, o chefe de governo da capital do país lidera as preferências com 37% do entrevistados que votariam nela para ser a candidata, enquanto em segundo lugar está o ministro das Relações Exteriores mexicano com 20%.

Embora Claudia Sheinbaum não tenha declarado abertamente sua intenção de buscar a presidência em 2024, ela tem se manifestado a favor da definição do próximo candidato de Morena através de uma pesquisa, enquanto insiste que ainda faltam dois anos para que isso aconteça.

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Sehinbaum lidera a preferência dos entrevistados para 2024 (Foto: GALO CAÑAS/CUARTOSCURO.COM)

Enquanto Marcelo Ebrard, que já confirmou sua intenção de buscar a candidatura presidencial de Morena, garantiu que participará do processo interno do partido, mas insistiu que deve ser um processo credível, confiável e que um “piso uniforme” está garantido entre os contendores.

No entanto, Ricardo Monreal, líder da bancada morenista no Senado da República, já expressou mais de uma vez as suas aspirações de representar o partido da cereja nas sondagens de 2024.

Recentemente, em entrevista a Joaquín López-Dóriga para a Radio Formula, o presidente do Conselho de Coordenação Política (Jucopo) no Senado declarou que não vai recusar a candidatura, porque apesar dos conflitos internos em Morena sobre a sucessão presidencial, sua aspiração é” legítimo”.

“Eu não recusei, não vou declinar, e minha posição é muito clara: não estou fazendo isso como uma ambição vulgar, mas como uma aspiração para enfrentar os enormes desafios que o país enfrenta, para aprofundar o processo de transição política que o México está experimentando, que não deve incomodar ninguém”, Monreal disse.

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