Em 17 de março, o Tribunal Constitucional (TC) revisou e discutiu o habeas corpus pendente apresentado pelo advogado Gregorio Parco para rescindir a decisão do Supremo Tribunal Federal em dezembro pelo perdão de Alberto Fujimori. O resultado foi favorável à medida: o ex-presidente foi perdoado, que foi condenado a 25 anos de prisão pelo caso Barrios Altos e La Cantuta.
Anteriormente, um perdão havia sido dado no Natal de 2017 durante o então presidente Pedro Pablo Kuczynski (PPK), que concedeu o perdão a Fujimori Fujimori por razões humanitárias. Com essa nova decisão, o TC declara um dos três casos que buscam a libertação do ex-presidente fundado.
Após esse evento que abalou o Perú como um todo, a Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) decidiu em sua conta no Twitter onde eles declararam “sua profunda preocupação”, para esta decisão.
“#CIDH expressa sua profunda preocupação com a decisão do Tribunal Constitucional #Perú ordenando a libertação de Alberto Fujimori, depois de ter sido condenado por crimes contra a humanidade”, lê-se.
Isso não foi bem visto por alguns parlamentares e políticos, que expressaram suas ideias em suas redes sociais.
O primeiro a falar foi o parlamentar e porta-voz da Renovação Popular, Jorge Montoya, que acredita que o TC “defende os verdadeiros culpados”.
“É iminente que consideremos retirar-se de um órgão que só faz é defender os verdadeiros culpados”, escreveu o parlamentar em sua conta no Twitter.
“Há muitos anos, a CIDH tornou-se apoiadora daqueles que realmente cometem abusos e excessos dos direitos humanos. É por isso que eles estão tentando estabelecer uma posição contrária contra aqueles que lutaram contra o terrorismo desolado de frente”, concluiu.
CONGRESSISTAS E POLÍTICOS FALAM SOBRE A CIDH
ALEJANDRO MUÑANTE - CONGRESSISTA DE RENOVAÇÃO POPULAR
“A Corte Interamericana (não-CIDH) não funciona como um casatório, é um substituto do direito nacional e atua somente quando os mecanismos internos de proteção dos direitos humanos falham, e garante o cumprimento da CIDH sem violar a soberania do Estado, conforme estipulado na Carta Interamericana”, Twitter disse.
ANÍBAL TORRES - PRESIDENTE DO GABINETE MINISTERIAL
“Este é o pronunciamento da Comissão Interamericana de Direitos Humanos @CIDH sobre o monumental “erro” de @TC_Peru”, lê-se.
RUTH LUQUE - CONGRESSISTA DO JUNTOS PARA O PERÚ
“Mensagem clara e contundente da CIDH: “... a restituição do perdão de Alberto Fujimori seria uma decisão contrária às obrigações internacionais do Estado peruano...” , comentou.
SIGRID BAZÁN - CONGRESSISTA DO JUNTOS PARA O PERÚ
“O @CIDH expressa sua “preocupação” com a decisão inédita de @TC_Peru”, disse.
MARTHA CHAVEZ - EX-CONGRESSISTA DA FORÇA POPULAR
“Um ato de justiça declarado em meios constitucionais que era o caminho recomendado pela própria CIDH (tão caro para os perseguidores do ex-Pdte. Fujimori) quando os onegeros reclamaram do perdão concedido. A decisão nula e sem efeito do juiz provisório Nuñez Julca é emendada”, disse.
“Convém lembrar que a decisão da CIDH contra o Perú nos casos La Cantuta e Barrios Altos foi proferida depois que o governo corrupto Toledo, cheio de oenegeros, chegou às acusações”, acrescentou.
“Enquanto @CIDH está preocupado, deixe-o ler “profundamente” o art. 4.6 da Convenção Americana sobre Direitos Humanos e comece fazendo com que @CorteIDH aplique o “controle de convencionalidade” às suas recomendações e decisões. Os médicos se curam!” terminou.
LUCHO DURÁN - PRESIDENTE DO PARTIDO MORADO
“O respeito pela Constituição e pela posição do @CIDH é imperativo. Uma pessoa condenada por violações dos direitos humanos e crimes contra a humanidade não deve ser libertada. Por esse motivo, e em homenagem às vítimas, o @TC_Peru deve respeitar a pena é cumprida sem interferência”, disse.
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