'Homens de Deus: Entre o Céu e o Inferno', a minissérie que aspira a ganhar dois prêmios India Catalina

A produção tem seis episódios, e conta com a participação de atores como Victoria Hernández, Carlos Serrato, Álvaro García, Santiago Alarcón, Ramsés Ramos, entre outros

Hoje à noite a indústria audiovisual colombiana está comemorando. A guilda, de Cartagena, será homenageada na 38ª versão do India Catalina Awards, que reconhece o melhor dos talentos nacionais por seu trabalho na televisão, cinema e plataformas digitais. Foi em 14 de março quando os indicados foram conhecidos e hoje, 20 de março, os nomes dos vencedores serão conhecidos. Uma das criações selecionadas foi a minissérie 'Homens de Deus: Entre o Céu e o Inferno' do diretor Roberto Flores, a mesma que agora concorre em duas categorias: ibMelhor Minissérie e Melhor Ator Antagônico em uma Telenovela, Série ou Minissérie pela atuação de Juan Pablo Barragán.

Infobae recentemente teve a oportunidade de conversar com Flores e Barragán e, em sua conversa com este portal, o cineasta e ator destacou não apenas a felicidade que sentiram ao saber que foram selecionados para competir na prestigiosa cerimônia, mas também falou sobre a importância de apoiar incomum produções, aquelas que estão fora dos moldes do que normalmente é feito na Colômbia. A série conta com atores como Victoria Hernández, Carlos Serrato, Álvaro García, Santiago Alarcón, Ramses Ramos, entre outros.

'Homens de Deus: Entre o Céu e o Inferno', notavelmente, é um conjunto de seis histórias diferentes que têm em comum uma narrativa religiosa. Os protagonistas das histórias, que desenvolvem suas anedotas em épocas que vão do século XVI até os dias atuais, muitas vezes colidem de frente com a igreja. A história estrelada por Barragán, chamada 'Perdão adiantado', conta o que acontece com um assassino, Joaquín, que, por ordem de seus superiores, é obrigado a assassinar o padre da cidade, Miguel, que o viu crescer.

“Às vezes você é vítima do contexto em que está, às vezes as vítimas e os perpetradores ficam confusos. Às vezes alguns de nós têm que ser coisas que não queremos ser (...) apoio e eu ainda acredito que esse personagem é uma vítima de seu contexto, porque eu acho que ele nem queria ser tão antagônico, ele tinha que se tornar isso porque seu contexto não permitia que ele fizesse mais nada”, comentou Barragán em sua conversa com Infobae sobre seu personagem.

Para Barragán, a chave para o sucesso de sua atuação de Joaquín está na verdade e, por isso, diz ele, a nomeação para a Índia Catalina foi alcançada, no entanto, ele resgata, sua nomeação é o resultado do trabalho árduo que ele fez, não só ele, mas toda a equipe de profissionais que fez a existência da minissérie possível. “Acho que tudo empurra, tudo se soma, sou credor dessa nomeação porque os júris viram na minha interpretação a verdade e o peso que a situação que estávamos contando tinha que ter”, acrescentou.

Homens de Deus

Flores, diretor da produção, enfatizou que a minissérie tem bastante amplitude em seu assunto, no entanto, entre seus subtextos, como ele mesmo menciona, está o tema da condição humana.

“Em última análise, permanece o mesmo, as grandes questões substantivas permanecem, em alguns casos, sem solução. É a eterna luta de homens e mulheres entre o bem e o mal, essa discussão é eterna. Enquanto estivermos neste planeta, sempre estaremos decidindo entre uma coisa e outra. A viagem entre diferentes séculos nos permitiu rever a institucionalidade, neste caso da Igreja Católica, com o manejo do pecado e com o papel do sacerdote, um papel complexo. Achamos interessante ver homens tomando essa decisão vocacional do século XVI até agora”, disse.

Para Flores, um dos problemas mais graves da televisão pública é a miopia e, em alguns casos, a cegueira, em relação ao que está ao redor. “Você reúne os canais regionais e a quantidade de público que está reunindo e os orçamentos, e isso permitiria que coisas incríveis fossem feitas. Mas há uma impossibilidade de trabalhar em conjunto, há uma incapacidade de criar estratégias para impactar o ambiente audiovisual de forma forte. É uma pena”, disse o diretor.

Continue lendo: