O deslizamento de terra em Pataz continua a relatar notícias lamentáveis. Depois de várias horas de trabalho, os socorristas conseguiram recuperar os corpos de 7 cidadãos. Esta noite, o ministro da Defesa confirmou que encontrou o paradeiro dos restos mortais de um menor de apenas três anos, que foi a última vítima a ser localizada.
“Com profundo pesar, quero relatar que recuperamos o corpo de uma criança menor de 3 anos no centro da cidade de Retamas, onde há alguns dias ocorreu um deslizamento na encosta. Continuaremos dando todo o nosso apoio às famílias afetadas por essa tragédia”, disse José Luis Gavidia, ministro da Defesa, por meio de sua conta no Twitter.
Santiago Indalecio Vasquez (62), Rolando Robles (32), Edith Quiñones de Robles (32), Zenaida Polo de Robles (35), uma menina menor de 14 anos, um bebê e uma criança menor de três anos são as fatalidades confirmadas até o momento do deslizamento de terra ocorrido na manhã de 15 de março.
Segundo a Polícia Nacional Peruana (PNP), entre as vítimas resgatadas está um bebê cujas características correspondem às de uma criança de um mês garota. O menor foi encontrado ao lado do corpo de uma mulher no mercado central de Retamas. “Muito provavelmente, ele tentou proteger a menina, e o colapso enterrou os dois”, disse a autoridade.
DESASTRE ANUNCI
O Instituto Geológico, Mineiro e Metalúrgico (Ingemmet) já havia emitido um comunicado no qual classificou a área do desastre como de “alto risco” devido à sua proximidade com a ravina da colina. Miguel Ángel Solano Ortiz, da Comissão de Riscos e Desastres do Colégio de Engenheiros de La Libertad, também destacou que as autoridades locais não realizaram inspeções nos edifícios. Edifícios de até dez andares foram construídos na área afetada.
No final do ano passado, o gerente do município de Parcoy alertou sobre o risco da localidade afetada, pois está na faixa marginal do rio Parcoy. “Tivemos um relatório de um ano (onde) indicamos ao prefeito do respectivo distrito para evitar a construção de casas nesta área. As licenças de construção são concedidas pelos respectivos municípios. Mas agora o que temos que olhar é (resgatar) todas essas pessoas, há várias famílias, muitas pessoas que são afetadas lá”, disse o governador regional, Manuel Llempén, no Canal N.
Deve-se lembrar que esta não é a primeira vez que um desastre bate na porta da cidade de Parcoy. Em 2016, as vidas de 11 cidadãos foram perdidas e a área foi declarada inabitável. Infelizmente, os avisos não foram levados em consideração e os que moravam na área enfrentaram perigo constante.
“Existem aproximadamente 60 a 80 casas que foram completamente cobertas pelo escorregador da colina. Esta área não é adequada para habitação porque não há muitas áreas disponíveis para construção, e é por isso que a maioria das casas tem (de) mais de dois andares e há muitas pessoas que estão presas dentro das casas”, disse o governador regional de La Libertad após o desastre que ocorreu no início de esta semana. Várias autoridades chegaram à área, incluindo o presidente da república, Pedro Castillo.
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