A Arábia Saudita anunciou no domingo uma “redução temporária” na produção de petróleo nas instalações de sua petrolífera Aramco, afetada por um ataque de rebeldes houthi no vizinho Iêmen.
Os houthis lançaram vários ataques noturnos de drones e mísseis contra alvos na Arábia Saudita, o país que desde 2015 lidera uma coalizão militar no Iêmen que apoia o governo contra os rebeldes apoiados pelo Irã.
Um dos ataques à refinaria YASREF, na cidade industrial de Yanbu, no Mar Vermelho, “causou uma redução temporária da produção (...), que será compensada pelos estoques”, disse o Ministério da Energia saudita em comunicado, sem especificar seu escopo. O ataque não deixou fatalidades.
De acordo com um funcionário do ministério, dois drones foram lançados na usina de gás Yanbu e outro na refinaria YASREF, que produz 400.000 barris por dia, de acordo com seu site.
Os houthis, que atacam regularmente a Arábia Saudita, disseram no domingo que lançaram drones e mísseis em instalações “vitais e importantes”, incluindo as da Aramco.
A coalizão indicou que as defesas aéreas sauditas haviam interceptado e destruído mísseis balísticos disparados contra a cidade de Jizan (sul) e nove drones armados visando outras áreas do país, o maior exportador mundial de petróleo.
No domingo, a coalizão anunciou um “novo ataque hostil” visando a “estação de distribuição de petróleo” da Aramco em Jeddah.
O conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, denunciou os ataques “terroristas” em um comunicado, afirmando que Washington “continuará a apoiar totalmente (seus) parceiros na defesa de seu território contra ataques houthis”.
A guerra no Iêmen deixou até agora cerca de 380 mil mortos, de acordo com a ONU, a maioria como resultado das consequências indiretas do conflito, enquanto vários milhões foram forçados a fugir de suas casas.
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