O presidente Alberto Fernández recebeu o vice-primeiro-ministro e titular da pasta da Justiça de Israel, Gideon Sa'ar, na residência dos Olivos, que está na Argentina para participar das homenagens prestadas durante os 30 anos do ataque à Embaixada daquele país em Buenos Aires. Eles falaram em fortalecer o relacionamento entre as duas nações e concordaram em continuar seus esforços para garantir que os responsáveis pelo ataque terrorista sejam levados à justiça.
Durante a reunião, o Chefe de Estado assegurou que o Governo nacional quer “continuar a fortalecer o nosso vínculo” com Israel, uma possibilidade que é reforçada pela “grande comunidade judaica” que o país tem.
“Com tantos judeus na Argentina e tantos argentinos em Israel, o potencial entre nossos países será maior”, refletiu Sa'ar, observando que “compartilhamos os mesmos valores e os mesmos desejos”.
Os representantes de ambos os países “concordaram com a importância de continuar a fazer os esforços necessários para garantir que os autores do atentado” perpetrado em 17 de março de 1992 e, assim, alcançar justiça para as vítimas, salientaram a Presidência.
A este respeito, Fernández ressaltou que a Argentina tem uma “posição histórica importante sobre os direitos humanos e condena o terrorismo”.
Além disso, no conclave, o funcionário israelita agradeceu ao presidente “que sua primeira viagem como presidente foi a Israel” para participar em janeiro da comemoração do 75º aniversário da libertação de Auschwitz-Birkenau.
Fernández foi acompanhado na reunião de ontem pelo Ministro das Relações Exteriores, Comércio Internacional e Culto, Santiago Cafiero. A reunião também contou com a presença do embaixador de Israel na Argentina, Ronen Galit, e do vice-diretor-geral para a América Latina e o Caribe do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Jonathan Peled.
Sa'ar chegou ao país com parentes de vítimas e sobreviventes, para estar presente nos eventos de homenagem ao ataque à Embaixada de Israel. Trinta anos atrás, um total de 29 pessoas morreram e centenas ficaram feridas naquele que foi o primeiro de dois ataques terroristas cometidos na Argentina contra interesses judeus e que, como o perpetrado à AMIA em 1994, é atribuído ao Irã e ao partido xiita libanês Hezbullah e continua impune.
No evento, realizado no local do ataque, Sa'ar observou que “o Irã cometeu” este “terrível ataque terrorista através de seus representantes Hezbullah” e perguntou: “Quanto tempo mais teremos que esperar que a justiça seja feita?” pelos atos cometidos.
Durante sua visita oficial, o vice-primeiro-ministro israelense também participou do Congresso Judaico Latino-Americano realizado em Buenos Aires e realizou reuniões com outras organizações da comunidade judaica local. Além disso, ele se reuniu com vários líderes políticos, incluindo o presidente da Câmara dos Deputados, Sergio Massa.
“Foi uma indicação clara de que o terrorismo recebe toda a rejeição de todas as forças políticas”, disse Massa no final dessa reunião, que foi realizada no Salão de Honra da Câmara dos Deputados da Nação.
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