Acordo no Paquistão para reativar um projeto macro de mineração

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O Paquistão chegou a um acordo extrajudicial com um consórcio estrangeiro que concordou em desistir de US $11 bilhões em sanções em troca da reativação de um projeto de mineração que está paralisado desde 2011, informaram as autoridades no domingo.

O consórcio Tethyan Copper, do qual a empresa canadense Barrick Gold e a chilena Antofagasta Minerals controlam 37,5%, encontrou vastos depósitos de ouro e cobre em Reko Diq, na província paquistanesa do Baluchistão.

Mas o projeto da mina a céu aberto parou em 2011, depois que o governo local se recusou a renovar o contrato de arrendamento da Tethyan Copper e, em 2013, o mais alto tribunal do Paquistão o declarou inválido.

Em 2019, o comitê do tribunal de arbitragem do Banco Mundial impôs uma penalidade de 5,8 bilhões ao Paquistão por negar ilegalmente a mineração.

Depois de uma batalha legal de uma década, as autoridades paquistanesas anunciaram o acordo extrajudicial no domingo.

“O acordo cancelou o pagamento de cerca de US$ 11 bilhões e, em segundo lugar, Barrick e seus sócios investirão US$ 10 bilhões”, disse o ministro das Finanças, Shaukat Tarin, durante entrevista coletiva.

O Baluchistão, na fronteira com o Irã e o Afeganistão, é a província mais pobre do Paquistão, apesar de sua abundância de recursos naturais.

A mineração no Baluchistão é dominada por pequenas empresas que se concentram principalmente em mármore e granito, dizem os especialistas, que desperdiçam até 80% do rendimento potencial devido às técnicas de mineração deficientes.

zz/dois/pc/mb

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