Traficante de drogas solicitado em extradição pelos EUA foge da prisão em Bogotá

Traficante de drogas solicitado em extradição pelos EUA foge da prisão em BogotáBogotá, 18 de março de 2022 (AFP) - Um dos narcotraficantes mais poderosos do Clã do Golfo, conhecido pelo pseudônimo Matamba e solicitado em extradição pelos Estados Unidos, escapou nesta sexta-feira de uma prisão de Bogotá, em um novo escândalo envolvendo as autoridades Juan Larrinson Castro Estupiñán, Matamba, um prisioneiro na prisão de La Picota, havia sido capturado em maio e estava enfrentando processo no estado da Flórida por lavagem de dinheiro e tráfico de cocaína e heroína. Também em Bogotá, ele escapou com a suposta cumplicidade do guarda prisional. “Eu já falei com o procurador-geral da nação esta manhã para que todas as prisões necessárias sejam feitas aos que levaram a essa fuga pelo guarda da prisão”, disse o presidente Iván Duque à imprensa. Um dos guardiões já foi capturado, acrescentou o ministro da Justiça Wilson Ruiz. Até o momento de sua prisão, Matamba era considerado o principal elo de ligação do cartel mexicano Sinaloa Nova Geração no Pacífico colombiano, na fronteira com o Equador. Na Colômbia, ele também é investigado pela associação para cometer crimes com a finalidade de assassinato, extorsão e porte ilegal de armas. Estupiñán fazia parte da guerrilha comunista antes de lutar ao lado dos paramilitares de extrema-direita, ferrenhos inimigos dos rebeldes. Depois de negociar com Otoniel, ele assumiu o comando de um grupo de 200 homens dentro do Clã do Golfo, segundo as autoridades. Após sua fuga, o presidente Duque anunciou “uma reforma abrangente do sistema penitenciário e penitenciário da Colômbia” após escândalos de corrupção envolvendo o Instituto Nacional Penitenciário e Prisional (INPEC). No início deste mês, o governo colombiano removeu o chefe das prisões e o diretor da maior prisão do país pelas autorizações de saída irregulares concedidas ao empresário Carlos Mattos, preso pelo suposto pagamento de propina em um processo com a multinacional sul-coreana Hyundai. viu Mattos deixar La Prisão de Picota duas vezes em um veículo do Inpec. Em seguida, andando sem vigilância e entrando em um prédio onde seu escritório seria, de acordo com a mídia. “O sistema não pode continuar a se envolver nesses comportamentos sem sanções exemplares”, insistiu Duque nesta sexta-feira.vel/lv/ll