Como parte do Dia Internacional das Florestas, que será comemorado na próxima segunda-feira, 21 de março, o Jardim Botânico de Bogotá, em colaboração com a Secretaria Distrital do Meio Ambiente, realizará um plantio simbólico de cerca de vinte árvores no Parque Altos de la Estancia, localizado na cidade de Ciudad Bolívar, com o, a fim de iniciar a formação de uma floresta urbana para evitar deslizamentos de terra e outros perigos naturais.
Conforme explicado pelo Jardim Botânico, essas chamadas “florestas resilientes ao clima” estarão localizadas em mais de 100 hectares da cidade, que historicamente registraram os maiores eventos de remoção em massa na capital, como Ciudad Bolivar, San Cristobal, Usme, Usaquén, Sumapaz, entre outros.
As espécies a serem plantadas foram selecionadas porque se encaixam tanto no clima quanto no tipo de solo dessas áreas da cidade. Levando isso em consideração, a entidade informou que entre os tipos de árvores a serem plantadas estão: jasmim do Cabo, eucalipto nativo (pomarroso), murta de luma, sabugueiro, mangue de terra fria e o calistemum chorão.
O Jardim Botânico e o Ministério do Meio Ambiente também detalharam que, levando em consideração as pesquisas realizadas, estabeleceram que espécies arbóreas com melhor estrutura radicular serão plantadas em áreas que apresentam risco de colapso, porque “as raízes ajudam a controlar a erosão e parar as encostas” de terra.”
“É importante ter em mente que as raízes devem ter uma boa capacidade de penetrar no solo, uma vez que esses solos são antropogênicos, ou seja, são fortemente interpostos com entulho, lixo e perderam suas características naturais originais”, disse o Jardim Botânico.
Por outro lado, a entidade indicou que, nas áreas onde há risco de inundação, serão plantadas árvores com grandes copas, para que “corredores de água e ecossistema possam ser formados nessas florestas e melhorar a qualidade ambiental do setor”.
O Jardim Botânico lembrou que essas “florestas resilientes ao clima” são implementadas no âmbito do novo POT em Bogotá, onde foi determinado que as florestas urbanas deveriam ser desenvolvidas em 139,38 hectares da cidade de parques, escolas, áreas residenciais, entre outros. No total, de acordo com a mesma entidade, durante 2022 haverá duas florestas urbanas que começarão a ser formadas na capital.
O Ministério do Meio Ambiente, por sua vez, informou que, juntamente com a comunidade indígena Arhuaca, plantarão 700.000 árvores nativas na Serra Nevada de Santa Marta, a fim de preservar e restaurar o ecossistema arbóreo daquela região colombiana.
O projeto, denominado Müse'si, será realizado sob quatro componentes, conforme detalhado pelo Ministério: conhecimento, desenvolvimento de espaços de socialização com comunidades indígenas; restauração, construção de 445 viveiros familiares e o Viveiro Comunitário Gunmaku; intercâmbio de capacidades, treinamento comunidades na construção e operação de viveiros, e instrumentos econômicos, por meio da análise da captura de CO2.
“Estamos dando todos os passos que damos com as comunidades, respeitando suas tradições e cultura. Isso gera um senso de propriedade do processo e aumenta suas chances de sustentabilidade a longo prazo. Além disso, isso contribui para a recuperação econômica do país, levando em consideração os recursos que chegarão diretamente às comunidades”, disse o ministro do Meio Ambiente, Carlos Eduardo Correa.
No momento, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente, por meio de iniciativas semelhantes, 17.147.822 árvores foram plantadas na Colômbia até o momento.
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