No final de 2017, o Ministério Público constatou que dois altos funcionários do Fundo Nacional de Poupança (FNA), a instituição financeira responsável pela gestão das demissões de funcionários públicos e trabalhadores oficiais, venderam irregularmente uma carteira de 131.433 milhões de pesos por 68.435 milhões de pesos, o que significa uma perda de 62. 998 milhões para a instituição.
Os funcionários, meticulosa e calculadamente plantaram o negócio com total legalidade, conseguiram modificar o Sistema de Gestão de Risco de Crédito (SARC), a fim de evitar que irregularidades fossem percebidas na transação, diz a revista Semana.
O vice-presidente financeiro Milton Bustos e a vice-presidente de risco Adriana Rojas, funcionários que ainda trabalham no Fundo Nacional de Poupança, foram recentemente apresentados a um juiz por alegação de encargos contratuais sem cumprimento de requisitos legais e peculato para apropriação.
Uma das empresas que supostamente foi mais favorecida é a Disproyectos, uma vez que nem sequer foi indicada para participação no processo seletivo. Além disso, investigadores do Ministério Público mostram que essa empresa não tinha fluxo de caixa suficiente para assumir responsabilidades contratuais, uma vez que seus ativos não ultrapassavam 1 bilhão de pesos; isso é ilógico que ela possa assumir o negócio. Outro ponto a ter em mente é que eles não demonstraram experiência na coleta de portfólio.
Para encobrir esse favor, a vice-presidente Rojas convidou outras 7 empresas meses antes, sabendo que não iriam manter o contrato, mas isso permitiu que ela provasse que a Disproyectos era a empresa que melhor representava os interesses do Fundo Nacional de Poupança. O funcionário chegou a aceitar um pedido para não constituir a garantia exigida pelo comitê para a execução do contrato.
Finalmente, Adriana Rojas acabou aprovando a oferta em favor da Disproyectos pessoalmente, omitindo conscientemente a análise da capacidade de pagamento da empresa para determinar se ela poderia cumprir. Além disso, a Semana ressalta que era tão clara era a intenção de atribuí-lo diretamente que não competia a oferta da Disproyectos com outras empresas, de acordo com o Ministério Público.
O nome do vice-presidente Milton Bustos aparece aqui, pois ele foi decisivo para a operação, pois estava totalmente ciente disso, e não se opôs a evitar o colapso econômico que a entidade sofreu. Essas ações perderam mais de 60 bilhões de pesos para o Fundo Nacional de Poupança quando a carteira foi vendida.
Os vice-presidentes se declararam inocentes e agiram de acordo com a lei. O Gabinete do Procurador, por sua vez, não tem dúvidas de que as ações dos funcionários “são aberrantes”, mentirosos em sua totalidade e que, no processo do procedimento de venda, incorreram em detrimento de capital ao Fundo Nacional de Poupança. O órgão judicial preparará a acusação a ser emitida nos próximos dias.
Esses números são muito semelhantes aos do escândalo que terminou com a renúncia da ex-ministra das Tecnologias da Informação e Comunicação, Karen Abudinen, pela “perda” de 70 bilhões de pesos em um contrato de conectividade e educação de crianças nas escolas mais vulneráveis do país, com o consórcio Centros Poblados.
A presidente da FNA, María Cristina Londoño, garantiu à Semana que os acontecimentos ocorreram durante a administração do ex-presidente Helmuth Barros e que as respectivas medidas foram tomadas para evitar a perda de recursos devido ao contrato.
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