Depois que nesta sexta-feira, 18 de março, o alias 'Matamba', um dos ex-líderes do Clã do Golfo, escapou da prisão de La Picota, em Bogotá, o presidente Iván Duque anunciou que realizaria uma reforma do sistema penitenciário e penitenciário da Colômbia na parte administrativa. Após o anúncio, o Sindicato dos Trabalhadores Prisionais (UTP) disse que apoiava a proposta do presidente nacional, desde que respeitasse os direitos dos trabalhadores.
Em diálogo com a Rádio RCN, o presidente da UTP, Óscar Robayo, indicou que, embora apoiem a reforma do sistema prisional proposta pelo presidente Duque, estão preocupados com o fato de que, em meio a essa transformação, os agentes penitenciários colombianos sejam afetados por iniciativas como a privatização da prisões.
Segundo o dirigente sindical, se esse cenário se tornar realidade, seriam cerca de 12.000 funcionários do órgão de vigilância penitenciária do país e outros 4.000 funcionários administrativos que seriam afetados por essa reforma.
Portanto, diante dos microfones da Rádio RCN, Robayo pediu ao governo nacional que realizasse “uma reforma abrangente” na qual não apenas “os direitos de carreira são respeitados”, mas também onde as investigações realizadas por atos de corrupção dentro das prisões são realizadas de maneira individual, isto é, para cada uma das pessoas envolvidas.
Robayo também aproveitou seu tempo na mídia para denunciar as difíceis condições em que trabalham nas prisões do país, dizendo que, em muitos deles, “as câmeras não funcionam, os rádios não funcionam e eles não têm uma boa estrutura”.
Diante do panorama, o presidente da UTP reiterou à Rádio RCN a necessidade de uma reforma administrativa abrangente do sistema penitenciário do país em que, em particular, se estabelece que a administração do INPEC não está a cargo de “policiais aposentados que não conhecem o assunto”, mas sim por pessoas de carreira com “conhecimento do sistema prisional”.
Depois de descrever a fuga do pseudônimo “Matamba” da prisão de La Picota como vergonhosa, a procuradora-geral da Nação, Margarita Cabello, informou que suspendeu temporariamente dois gerentes daquela prisão em Bogotá antes da abertura de uma investigação disciplinar contra eles.
A responsável pelo Ministério Público anunciou ainda que, em consonância com a investigação criminal, ordenou a criação de “uma agência especial de intervenção” para acompanhar o processo que está sendo levado a cabo pela Procuradoria-Geral da República.
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