MinDeporte alerta atrasos nas obras dos Jogos Bolivarianos em Valledupar

O ministro Guillermo Herrera pensa em cidades como Cali e Barranquilla, para servir como sub-sede das justas que começam em 24 de junho. A Procuradoria-Geral da República já havia alertado essa situação.

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Menos de 100 dias antes do início dos Jogos Bolivarianos 2022 em Valledupar, o ministro do Esporte, Guillermo Herrera, levantou o alarme sobre atrasos em algumas instalações esportivas, que apresentam atrasos consideráveis na entrega das instalações. A disputa dessas competições é considerada o início do Ciclo Olímpico que após os Jogos Sul-Americanos e Pan-Americanos termina nos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

Os Jogos Esportivos Bolivarianos foram criados para homenagear o herói venezuelano Simon Bolívar, libertador da Bolívia, Colômbia, Equador, Panamá, Perú e Venezuela e sua primeira edição foi realizada em 1938, durante o quarto centenário da fundação de Bogotá.

Em entrevista à Antena 2, o chefe do portfólio esportivo apontou que, “se entre agora e o início de abril vemos que o curso não é corrigido, algumas disciplinas como natação, beisebol e BMX, teríamos que levá-los a outras cidades do país para operar como sub-locais de os Jogos Bolivarianos”, acrescentou.

E, aparentemente, o Plano B já está em operação: “O presidente do Comitê Olímpico Colombiano tem autorização para descobrir em outros locais onde essas competições podem ser realizadas, que podem ser Barranquilla ou Cali, ou qualquer outra cidade que nos garanta a qualidade da infra-estrutura necessária para um competição internacional, onde dez países virão além da Colômbia”, foram as palavras do ministro.

“Do ministério estamos monitorando constantemente a organização dos Jogos Bolivarianos que começam em 24 de junho. Estamos a 98 dias do início dos jogos e, desde o ano passado, venho alertando sobre os atrasos que algumas obras de infraestrutura têm”, disse Guillermo Herrera no programa Centro Deportivo da estação de rádio.

Mas os alertas do Ministério do Esporte não foram os únicos sobre atrasos. Na última quarta-feira, 16 de março, o Gabinete do Procurador-Geral da Nação, depois de fazer um tour pelas obras, encontrou inconsistências na execução de contratos de infraestrutura e pediu às autoridades municipais que monitorassem rigorosamente os cronogramas contratados.

O Ministério Público também solicitou informações sobre o percentual de progresso nas obras e o apoio documental sobre as obras que já estão em andamento. Desta vez, a entidade estava presente e pôde verificar se existem apenas três cenários com uma porcentagem de progresso superior a 50%, e o contrato de pista de BMX não foi concedido.

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A decisão da Procuradoria Geral instrui o governador de Cesar, o prefeito de Valledupar e o diretor do Instituto Municipal de Esporte e Recreação, a monitorar rigorosamente os cronogramas de execução, para que as obras sejam entregues antes da feira. “Devido à situação, o órgão de supervisão espera que essas obras sejam entregues com antecedência para que os Jogos Bolivarianos sejam totalmente realizados”, conclui o comunicado público.

Herrera, nos microfones do programa esportivo, deixou claro como o Ministério está operando, em relação aos investimentos em face de eventos esportivos: “Dos 36 cenários, vamos investir apenas recursos em 17, desses 17 cenários, nove seriam novas construções e oito seriam recursos para se adaptar e fazer melhorias na infraestrutura que já existe”.

As principais preocupações do governo nacional estão focadas na pista de BMX, estádios de basquete, beisebol e piscina olímpica. De 24 de junho a 5 de julho, as competições reunirão mais de 3.000 atletas de 11 países da região.

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