Desde 2018, quando foi capturado e enviado para a prisão por seus laços com grupos paramilitares, Hector Julio Alfonso López, pediu à Jurisdição Especial para a Paz (JEP) para entrar na justiça de transição como agente estatal não membro da força pública, argumentando que os fatos pelos quais ele é investigado têm relação direta com o conflito armado.
As alegações contra López, filho Enilce López vulgo “La Gata”, são baseadas no financiamento de grupos ilegais, para sua campanha política como representante à Câmara em 2006 pelo departamento de Bolívar.
Mas na manhã desta sexta-feira, 18 de março, a Rádio Caracol revelou que a Sala de Definição de Situações Jurídicas da Jurisdição Especial para a Paz (JEP), decidiu que não será aceite nessa justiça porque suas propostas de contribuição para a verdade e a reparação das vítimas não foi além do que já era conhecido nos tribunais ordinários e não contribui para esclarecer padrões de macrocriminalidade ou outros fenômenos relacionados ao conflito armado na Colômbia.
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“De acordo com as considerações expostas nesta resolução, o pedido de submissão do Sr. Héctor Julio Alfonso López ao PEC não pode ser aceito, uma vez que os pressupostos jurisprudenciais estabelecidos para pessoas que voluntariamente exigem acesso a este cenário de justiça de transição como agentes do Estado não membros das forças de segurança”, lê-se no documento do JEP.
Note-se que em 2019 o Supremo Tribunal de Justiça havia se recusado a encaminhar este caso ao JEP, argumentando que os eventos pelos quais Alfonso López estava sendo processado “não tinham nada a ver com o conflito armado, pois sua relação com os paramilitares teria ocorrido após o desmobilização desses grupos.”
Agora com a decisão da jurisdição da paz, o processo contra o ex-senador voltará a ser encaminhado à Câmara Especial de Investigação do Supremo Tribunal de Justiça. Portanto, os tribunais ordinários serão responsáveis por conduzir o processo que o investiga por causa de suas ligações com os blocos Heróis dos Montes de María, Bolívar Central e Norte das Forças Unidas de Autodefesa da Colômbia. O acusado está atualmente detido na prisão de La Picota, em Bogotá.
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As informações reveladas pela mídia evidenciaram as manobras de López para distorcer os laços de seus parentes com grupos paramilitares, apesar de terem sido condenados por ligações com esse grupo criminoso extinto.
“Ele fez manifestações tanto contra seu próprio comportamento quanto contra as ações de seu grupo familiar que são contrárias às abundantes evidências reunidas pelos tribunais ordinários, particularmente no que diz respeito às suas relações com a AUC e à maneira como eles canalizaram dinheiro ilícito através de suas empresas”, diz a decisão do sistema judicial transitório.
Este é o segundo filho de Enilce López, também conhecido como 'La Gata', a quem o JEP diz não. Em 15 de fevereiro, ele rejeitou Jorge Luis Alfonso López, vulgo 'El Gatico', ex-prefeito de Magangué, Bolívar, porque também não apresentava um compromisso claro e real.
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