Dezenas de pessoas foram mortas em um bombardeio russo de um quartel na cidade de Mikolaiv

O ataque ocorreu na sexta-feira de manhã. “Pelo menos 50 corpos foram recuperados e não sabemos quantos sobraram sob os escombros”, disse um soldado

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SENSITIVE MATERIAL. THIS IMAGE MAY OFFEND OR DISTURB Dead bodies of Ukrainian service members and civilians are pictured inside a morgue, as the workers wait for the families to carry them to their cities, as Russia's invasion of Ukraine continues, in Mykolaiv, Ukraine, March 16, 2022. REUTERS/Nacho Doce
SENSITIVE MATERIAL. THIS IMAGE MAY OFFEND OR DISTURB Dead bodies of Ukrainian service members and civilians are pictured inside a morgue, as the workers wait for the families to carry them to their cities, as Russia's invasion of Ukraine continues, in Mykolaiv, Ukraine, March 16, 2022. REUTERS/Nacho Doce

Dezenas de pessoas foram mortas em um bombardeio na sexta-feira em um quartel no sul da Ucrânia, na cidade de Mikolaiv, testemunhas disseram à agência de notícias AFP no sábado, enquanto as operações de resgate continuam.

“Havia pelo menos 200 soldados dormindo no quartel”, disse Maxim, um militar de 22 anos entrevistado no local. “Pelo menos 50 corpos foram recuperados e não sabemos quantos sobraram sob os escombros”, disse o jovem soldado.

Evgeny, outro soldado no local, estimou que os mortos poderiam chegar a 100.

“Continuamos contando, mas é impossível, por causa do estado dos corpos”, disse um socorrista, entrevistado pela AFP.

O local, que fica ao norte desta cidade, ficou completamente devastado após ser atingido por seis foguetes na manhã de sexta-feira. Não há informações oficiais sobre o balanço patrimonial.

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FOTO DO ARQUIVO: Os parentes de Sergiy, 37 anos, um militar ucraniano falecido, aguardam seu corpo no necrotério, enquanto a invasão russa da Ucrânia continua, em Mykolaiv, na Ucrânia, em 16 de março de 2022. REUTERS/Nacho Doce

Os russos “atacaram covardemente soldados adormecidos”, disse o governador da região, Vitaly Kim, em um vídeo postado no Facebook.

Mikolaiv e sua região são palco de intensos combates e bombardeios russos. Esta é uma localização estratégica porque é a última etapa antes da grande cidade portuária de Odessa.

As tropas de Vladimir Putin intensificaram seus ataques e usaram mísseis hipersônicos em território ucraniano

O Ministério da Defesa russo garantiu este sábado que usou mísseis hipersônicos “Kinjal” no dia anterior para destruir um depósito subterrâneo de armas no oeste da Ucrânia.

Infobae em Kiev - É assim que a cidade está depois de um novo ataque

Em 18 de março, o complexo aeronáutico de Kinjal, com seus mísseis balísticos hipersônicos, destruiu um grande depósito subterrâneo de mísseis e munições da aviação ucraniana na cidade de Deliatin, na região de Ivano-Frankivsk”, anunciou o porta-voz do Ministério da Defesa, Igor Konashenkov.

Esta região está localizada a cerca de 50 km da fronteira com a Romênia, um país membro da OTAN.

Até agora, a Rússia não havia relatado o uso desse míssil balístico nos dois conflitos em que está envolvido, na Síria e na Ucrânia. Sim, ele o implantou em manobras desde que o testou com sucesso em 2018.

Segundo a agência de imprensa Ria Novosti, esta é a primeira vez que eles teriam sido usados na invasão da Ucrânia.

Esse tipo de míssil, muito gerenciável, desafia todos os sistemas de defesa aérea, segundo Moscou.

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FOTO DO ARQUIVO: Um míssil balístico hipersônico de curto alcance não detonado, de acordo com autoridades ucranianas, do complexo Iskander, na Ucrânia, nesta foto de distribuição publicada em 9 de março de 2022. Assessoria de Imprensa da Guarda Nacional Ucraniana/Folheto via REUTERS

Os mísseis balísticos hipersônicos “Kinjal” e os mísseis de cruzeiro “Zircon” pertencem a uma família de novas armas desenvolvidas pela Rússia e que o presidente Vladimir Putin chama de “invencíveis”.

O “Kinjal”, palavra russa que significa punhal, atingiu todos os seus objetivos durante os testes de 2018 a uma distância de mais de 1.000 km, de acordo com o Ministério da Defesa russo.

Em outra ordem, a Casa Branca minimizou as “ameaças” feitas pelo ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, contra a decisão do presidente dos EUA, Joe Biden, de enviar mais de US $800 milhões (cerca de 727,7 milhões de euros) em ajuda militar e humanitária para a Ucrânia.

Especificamente, o ministro das Relações Exteriores russo enfatizou na sexta-feira que qualquer carga militar entregue à Ucrânia no contexto do conflito desencadeado em 24 de fevereiro será considerada “um alvo legítimo” pelo Exército russo.

(Com informações da AFP e da EFE)

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