Anif criticou a proposta de Petro sobre pensões: “não deve ser tratada com mentiras ou argumentos confusos”

A Associação Nacional de Instituições Financeiras observou que as pensões são um dos maiores problemas fiscais e patrimoniais que a Colômbia enfrenta e enfrentará.

Colombia's presidential candidate Gustavo Petro speaks after winning the referendum vote for the Historic Pact coalition, in Bogota, Colombia March 13, 2022. REUTERS/Luisa Gonzalez

A Associação Nacional de Instituições Financeiras (Anif) garantiu que a proposta de reforma da Previdência do candidato Gustavo Petro teria o objetivo de confundir as pessoas.

Ele destacou que a questão das pensões é um dos maiores problemas fiscais e patrimoniais que a Colômbia enfrenta e enfrentará, pelo menos nos próximos 100 anos, é de grande interesse para o país e com um alto nível de sensibilidade, razão pela qual “não é uma questão menor nem deve ser tratada de ânimo leve, muito menos, com mentiras ou argumentos confusos”.

Ele então destacou que “a proposta de usar as economias das pessoas como se fossem dinheiro público mostra pouca ou nenhuma compreensão de como funcionam os sistemas de previdência em nosso país”.

Além disso, Anif acrescentou que, de alguma forma, tirar as economias que estão hoje nos Administradores de Fundos de Pensões (AFP), que pertencem a quase 18 milhões de colombianos e que hoje somam cerca de US $358 bilhões, para financiar os gastos públicos atuais, para pagar as pensões de todos através do Prêmio Médio Regime que administra Copensiones (RPM) e para subsidiar um pagamento aos idosos que vivem na pobreza.

Além disso, o candidato Petro disse que uma renda de 500 mil pesos deve ser dada aos idosos nessa situação.

A entidade aponta que “usar para justificar a 'nacionalização' das pensões de poupança do Regime de Poupança Individual (RAIS), sob os argumentos da igualdade e do combate à pobreza, é incorreto”.

Asif pediu a todos os candidatos presidenciais que realizassem tais debates com figuras fundamentadas e não com percepções ambíguas e confusas ou informações completamente incorretas.

Os comentários começaram após o debate presidencial que ocorreu sob a aliança El Tiempo y Semana, onde o candidato presidencial falou sobre o assunto depois de ser questionado por Federico Gutiérrez, que ganhou a consulta da coalizão Centro Esperanza.

Diante do questionamento, Petro garantiu que esse dinheiro sairia do sistema previdenciário, e foi aí que surgiu a questão dos Colpensiones, o que gerou muitas dúvidas entre os cidadãos que o expressaram através das redes sociais.

“De onde vem essa prata? Para uma reforma do sistema previdenciário, o dinheiro está lá, não é mais necessário, não precisa ser impresso, precisa mudar sua distribuição”, disse Gustavo Petro.

Conforme explicado pelo mesmo candidato, essa ideia é baseada em sistemas que já foram aplicados em outros países, como o Uruguai.

“Em vez de ter fundos de pensão privados, com contribuições de poupança individuais mal administradas a 30% que eles coletam em um banco, você envia esse dinheiro para um fundo público: Colpensiones. Com esse dinheiro pagamos imediatamente as pensões atuais que o Estado está pagando hoje”, disse Petro.

Assim, o Estado seria liberado de 18 bilhões de pesos anualmente do orçamento, para pagar o bônus de pensão de 50 mil pesos a três milhões de pessoas.

Para deixar a questão um pouco mais clara, o líder da Human Colombia acrescentou: “O contribuinte em Colpensiones paga a pensão, quem contribui é porque quer uma pensão. Quando ele atinge sua idade, os contribuintes dessa época pagam-lhe sua pensão. É um método que garante a pensão. O método que você defende, Lei 100, não tem mais pensão, tirou a pensão dos colombianos”.

CONTINUE LENDO: