Na próxima segunda-feira, 21 de março, será inaugurado o Aeroporto Internacional Felipe Ángeles (AIFA), uma das obras mais importantes a serem desenvolvidas durante o mandato de seis anos do presidente Andrés Manuel López Obrador (AMLO). No entanto, esse trabalho público tem sido alvo de várias críticas, devido ao seu afastamento da Cidade do México.
Na última quarta-feira, 16 de março, o presidente disse, durante sua entrevista coletiva matinal, que demonstraria, na próxima segunda-feira, que 40 minutos podem ser feitos do Palácio Nacional, sua residência, ao novo aeroporto, localizado em Santa Lúcia, Estado do México.
Isso, depois de anunciar que ele não iria mais dormir no hotel que foi construído dentro do aeroporto, como ele havia afirmado anteriormente, porque a propriedade não tinha certificação e não quer mostrar influência. “Eu vou dormir aqui (no Palácio Nacional) para mostrar a eles que vou fazer meia hora lá. Lá vamos nos encontrar às 7 e eu estarei às 6 na reunião de segurança.
“O hotel está acabado, é muito bom, o que acontece é que precisamos de uma certificação e desde que ouvi o comentário de Joaquín (López-Dóriga) que me fez rir, que vou demorar duas horas para chegar, bom não, vou dormir aqui e vou fazer 40 minutos”, disse o chefe do executivo federal.
Mais tarde, na sexta-feira, López Obrador (AMLO) anunciou que o novo Aeroporto Internacional Felipe Angeles (AIFA) será atendido por táxis aéreos de algumas áreas do Cidade do México como Polanco.
O presidente lembrou que aeroportos de grandes cidades como Nova York, Washington, Londres ou Madri estão localizados nos arredores dessas metrópoles. No entanto, ele anunciou que, para todas as pessoas que têm grandes recursos econômicos, elas poderão viajar de táxis aéreos.
“(...) Também haverá e aproveito esta oportunidade para anunciar, viagens para quem tem recursos, de Polanco ao aeroporto... Táxis aéreos, eles quase vão deixá-los em seus apartamentos... do apartamento para o aeroporto”, ressaltou ao esclarecer que se trata de concessões a indivíduos.
A notícia nos deu o que falar, porque, embora a AMLO não tenha informado sobre os preços que essas viagens terão, fez mais de uma pergunta sobre os custos que elas terão.
No entanto, deve-se lembrar que este serviço de táxi aéreo existe no México desde 2016, quando a Cabify lançou sua opção premium CabiFly Shuttle para transportar seus clientes por via aérea de Polanco, uma das áreas mais exclusivas da Cidade do México, localizada a oeste dela, para o aeroporto México Cidade Internacional (AICM).
O presidente disse que haverá três empresas que já “se inscreveram” para oferecer esse tipo de serviços ao Aeroporto Felipe Ángeles, no entanto, como já mencionado, os preços não foram dados. No entanto, para ter uma ideia de quanto custará essa viagem, podemos levar em conta que o CabiFly Shuttle cobra 100 USD para transportar pessoas de Polanco para o AICM. Isso se traduz em 2 mil 38 pesos mexicanos. Da área exclusiva localizada no gabinete do prefeito Miguel Hidalgo ao AICM, há uma distância de 16,6 quilômetros.
No entanto, a AIFA está mais longe de Polanco, pois é de 54,7 quilômetros, ou mais de três vezes a distância. Portanto, é provável que o custo para este novo aeroporto possa aumentar entre 3 mil e 4 mil 500 pesos, para variar entre 5 e 6 mil 500 pesos mexicanos.
Outra empresa concorrente nesse mercado é a Voom, conhecida como “Air Uber”, e dependendo da quilometragem definida, os preços variam de 2.300 pesos a 6.400, distância que seria equivalente a viajar do AICM ao aeroporto de Toluca, que é de 65,6 quilômetros.
Além disso, existem outras empresas privadas que oferecem o serviço de táxis aéreos com helicópteros, que têm tarifas diferentes. Por exemplo, a empresa Yumping, tem um voo compartilhado sobre a Cidade do México, que custa 2.350 pesos por pessoa. No entanto, um voo sem compartilhar, por 60 minutos na capital, custa 9.800 pesos.
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