Aberto Fujimori deve ao Estado 51 milhões de solas de reparação civil, diz o promotor Javier Pacheco

O promotor destacou que a cobrança não pode ser feita através da apreensão de sua pensão vitalícia porque ele nunca fez o procedimento para recebê-la, e ele não tem bens em seu nome.

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O promotor anticorrupção Javier Pacheco revelou a cifra que o ex-presidente Alberto Fujimori deve ao Estado peruano. No total, o ex-presidente ainda deve S/51 milhões de solas de reparação civil por três casos em que foi condenado pelo judiciário.

O promotor explicou que esse valor corresponde à indenização pelos casos: a busca irregular da casa de Vladimiro Montesinos, a compra irregular do Cable Canal e o pagamento do CTS ao seu ex-assessor.

Recorde-se que o ex-presidente não pagou nenhuma das reparações civis que lhe foram impostas como parte de sua sentença, e em 17 de março o Tribunal Constitucional restabeleceu seu perdão humanitário e a lei da graça.

“Fujimori foi condenado e tem o Estado prejudicado por três fatos: a questão das invasões irregulares, a compra irregular do Cable Canal e o pagamento do CTS de Vladimiro Montesinos. Por esses três eventos Fujimori deve ao Estado aproximadamente 51 milhões de solas”, disse ele na RPP Television.

PENSÃO VITALÍCIA COMO EX-PRESIDENTE

Pacheco também comentou sobre uma suposta apreensão de sua pensão perpétua como ex-presidente do Perú e chamou essa versão de “completamente falsa”. Ele explicou que, desde que o ex-presidente fugiu para o Japão em novembro de 2000, e depois renunciou à presidência por fax, não realizou nenhum procedimento para obtê-lo.

“O que aconteceu é que a pensão tem que ser processada por ele e desde que ele fugiu do país não processou essa pensão tanto como ex-professor da Universidade Agrária, quanto sua pensão no Congresso como ex-presidente”, explicou.

“Se ele a processasse, essa pensão seria imediatamente retomada. Hoje totalizaria aproximadamente 5 milhões de solas”, acrescentou.

Além disso, ele observou que até agora Alberto Fujimori não registrou nenhuma propriedade ou propriedade em seu nome que pudesse ser apreendida como pagamento de reparação civil.

Estamos atentos e atentos a qualquer ação porque ela já foi revista em toda a área no que diz respeito aos ativos ou propriedades que possa ter para executar um embargo, no entanto, nenhum bem foi encontrado”, disse.

INDULTO A ALBERTO FUJIMORI

Na quinta-feira, 17 de março, o Tribunal Constitucional analisou e discutiu o habeas corpus apresentado pelo advogado Gregorio Parco para invalidar a decisão do Supremo Tribunal Federal, que anulou o indulto de Alberto Fujimori. A decisão final foi a favor da medida: o perdão foi validado para o ex-presidente, que é condenado a 25 anos de prisão pelo caso Barrios Altos e La Cantuta.

Recorde-se que o indulto foi dado ao ex-chefe de Estado no Natal de 2017, pelo então presidente Pedro Pablo Kuczynski (PPK). Com essa nova decisão, o TC declara um dos três casos que buscam a libertação do ex-presidente fundado.

O juiz Ernesto Blume explicou e apoiou a medida para dar efeito ao julgamento do Judiciário. Além disso, de acordo com a decisão e o voto do tribunal, o perdão também foi restaurado ao ex-presidente, deixando-o livre.

Como disse o magistrado do TC Eloy Espinosa à TV Perú, a votação terminou em um empate de 3 votos a favor e 3 votos contra. Em situações como essa, cabe ao presidente do órgão constitucional tomar a decisão final. Dessa forma, Augusto Ferrero Costa acabou votando a favor do habeas corpus.

Eles votaram contra, como planejado: Marianella Ledesma, Eloy Espinosa-Saldaña e Manuel Miranda. Por outro lado, Ernesto Blume e José Luis Sardón votaram a favor.

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