A Prefeitura de Bogotá e o Ministério Público determinam novas medidas em casos de violência e abuso sexual

A prefeita Claudia López se reuniu com o chefe do órgão de investigação e eles concordaram em fortalecer a atenção nesses casos.

A prefeita de Bogotá, Claudia López, e o chefe do órgão de investigação, Francisco Barbosa, reuniram-se no bunker da Procuradoria-Geral da República para tomar medidas em relação ao aumento das denúncias de abuso sexual na capital colombiana. De acordo com as autoridades, foi acordado fortalecer o atendimento integral às mulheres, que agora também será para cuidar de crianças e adolescentes vítimas de violência sexual.

“Queremos reiterar aos pais, aos reitores, aos professores, mas principalmente às crianças e adolescentes que estudam em nossas escolas, que estamos com eles, que os amamos, que cuidamos deles e, acima de tudo, que acreditamos neles e que os convidamos a continuar contando tudo o que acontece. para eles”, disse a prefeita Claudia Lopez.

O procurador Barbosa, por sua vez, disse que haverá seis novos procuradores e igual número de investigadores, que estarão dispostos nas casas de justiça, a dar atenção a esse tipo de investigação. Ele também estimou que, dos 154 casos apresentados pelo Distrito, os primeiros resultados serão entregues dentro de 30 dias.

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Procuradores, investigadores, advogados da Secretaria da Mulher e Funcionários do Comissariado da Família, entre outros oficiais, trabalharão de forma coordenada nessas casas de justiça, a fim de poder determinar a abertura do processo.

É importante dizer que, da mesma forma, vamos unir esforços, não apenas para esclarecer esses crimes sexuais, também vamos trabalhar em um mecanismo de computador para atualizar os bancos de dados do SPOA (Oral Acusatory Criminal System) para que possamos ter uma rastreabilidade de casos específicos e ter respostas permanentes”, afirmou.

A atualização do banco de dados SPOA, que será apoiado pela Prefeitura de Bogotá, procurará estabelecer se o suposto caso de violência sexual ocorreu na casa da vítima, na escola ou em um ambiente escolar.

Claudia López destacou que, “não hesitamos em algum momento diante dos casos de violência sexual e estamos muito satisfeitos com o aumento dos relatos. Até agora, este ano, temos em nosso sistema de alerta um total de 659 alertas para possíveis casos de violência sexual, e cada um deles recebeu atenção das equipes do Ministério da Educação e, nos casos em que necessário, também foi feito trabalho com outras instituições; é por isso que é importante denunciar, porque se não houver reclamação, não sabemos o que acontece.”

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O Ministério da Educação garantiu que há também a criação de uma equipe de trabalho interdisciplinar para lidar com casos de violência sexual relatados na entidade com prioridade e tomar algumas medidas como:

- Desde 2021, uma série de palestras sobre o “cuidado e proteção de crianças, adolescentes e jovens” tem sido realizada em escolas destinadas a reitores, diretores, coordenadores e conselheiros.

- A equipe de advogados e psicólogos do Escritório de Controle Disciplinar Interno foi fortalecida para acelerar os casos de abuso sexual nas escolas.

- No setor oficial, 200 novos conselheiros escolares foram vinculados para que crianças e jovens possam denunciar.

- Durante o segundo semestre de 2020, o Plano de Trabalho foi construído para otimizar a gestão integral da Secretaria Distrital de Educação diante dos casos de violência sexual contra crianças, adolescentes e jovens, dentro das Instituições Educacionais Distritais.

- Com a implementação do Plano, foi possível acelerar os tempos processuais de cada caso, reduzindo o tempo para investigações e melhorando a resposta da entidade. Assim, em 11 meses, o número de casos ativos aumentou de 211 em abril de 2021 para 154 em março de 2022, dos quais 47 são processos abertos em 2021.

- Depois de identificar que em 2020 não havia registro abrangente consolidado de processos de violência sexual, foi implementada uma ferramenta de informação para relatar, gerenciar e monitorar os processos. Pela primeira vez, há uma caracterização dos casos de violência sexual contra menores nos quais servidores públicos da entidade estão envolvidos. Atualmente, o trabalho está em andamento para gerar uma ferramenta de informação mais robusta.

- Nos casos de funcionários docentes e administrativos envolvidos nesses episódios, as sanções mais drásticas estão sendo impostas de acordo com a lei.

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