O XV da França venceu o torneio de rugby das Seis Nações com vitórias completas (Grand Slam) depois de derrotar a Inglaterra (25-13) este sábado no Stade de France, em Paris, na quinta e última jornada.
O 'Bleus' de Fabien Galthié e Antoine Dupont, autores de três tentativas contra o XV de la Rosa, não venceram as Seis Nações desde 2010, quando também ganharam um Grand Slam.
No total, a França ganhou esse título com honras que representam o Grand Slam das Seis Nações dez vezes ao longo de sua história.
Nesta edição, eles já haviam vencido Itália (37-10), Irlanda (30-24), Escócia (36-17) e País de Gales (13-9), antes desta última vitória contra os ingleses.
Na lista de vencedores, a França sucede ao País de Gales, que desta vez ficou em quinto lugar.
Depois de doze anos sem levantar o troféu estrela do rugby no hemisfério norte, a França alcançou esse sucesso no ano que antecedeu a Copa do Mundo de 2023, onde servirá como país anfitrião.
No horizonte, os franceses enfrentam o desafio de vencer a África do Sul, o atual campeão mundial, nas partidas de teste de novembro próximo.
Desde a final da Copa do Mundo de 2019, que para os franceses terminou nas quartas de final, os 'Bleus' conseguiram passar por uma profunda transformação e, com exceção da África do Sul, venceram todas as grandes potências do esporte de bola oval.
O treinador francês, Fabien Galthié, acrescenta esse sucesso aos três títulos de Grand Slam que conquistou como jogador (1997, 1998, 2002).
“O trabalho feito com paixão, com compromisso, sem concessão, nos permitiu ir buscar essa vitória e fechar este torneio com um Grand Slam. Não acredito, ainda estamos em tensão total”, disse ele à televisão France 2.
Quando perguntado qual era a diferença entre o Grand Slam como jogador e o alcançado como treinador, Galthié respondeu: “Vinte anos separados!”
O técnico da Inglaterra, Eddie Jones, admitiu que o título da França era merecido.
“A França merece o título do campeonato. Foi a melhor equipe, eles mostraram isso com grande determinação. Tivemos muitas oportunidades de marcar, mas não sabíamos como transformá-las”, lamentou.
- 'Triple Crown' para a Irlanda -
A outra equipe que chegou ao último dia com chances de ser campeã foi a Irlanda, que fez seu papel ao vencer a Escócia por 26-5. O triunfo francês, no entanto, deixou o XV do Shamrock com o segundo lugar.
A Irlanda venceu todos os seus jogos nesta edição, exceto o que perdeu na França (30-24) na segunda jornada.
Os irlandeses também ganharam a 'Triple Crown', o título honorário atribuído à equipe das Ilhas Britânicas que vence as outras três equipes (Inglaterra, País de Gales e Escócia, além da Irlanda).
“A Tríplice Coroa é algo enorme, especialmente para o povo irlandês. É algo que não alcançamos há muito tempo e é ótimo fazê-lo novamente”, comemorou o irlandês Dan Sheehan.
- A Itália evita a 'colher de madeira' -
Na primeira partida do dia, entre as duas finais da classificação desta edição, a Itália surpreendeu e venceu o País de Gales por 22-21 em Cardiff, graças a uma tentativa perto do final da ala Edoardo Padovani.
A Itália quebrou uma sequência de sete anos sem vencer em uma partida das Seis Nações, encadeando 36 derrotas.
Os italianos não venceram uma partida nesta competição desde que venceram a Escócia por 22 a 19 em Murrayfield, há sete anos.
Depois de perder nos primeiros quatro dias, esse triunfo permite que a Itália escape de uma nova 'Colher de Madeira', a consideração desonrosa dada à equipe que perde todos os seus jogos na mesma edição das Seis Nações.
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