Viri Ríos: acadêmico compartilha pesquisas sobre racismo e o tunden

Usuários das redes sociais argumentaram que a colega professora da Universidade de Harvard se sentia “autoconsciente” sobre seu tom de pele

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O nome da jornalista Viri Ríos se tornou uma tendência nas redes sociais porque ela compartilhou uma investigação sobre a cor da pele de candidatos políticos no México.

Devido a essas informações, os usuários criaram o #ViriRacista, porque garantiram que as informações fornecidas pelo colega professor da Universidade de Harvard não eram “transcendentais” para o processo eleitoral, uma vez que estavam relacionadas apenas a uma suposta busca por votos.

Por volta do meio-dia, Viri Ríos publicou uma imagem, feita por Raymundo Campos, pesquisador do Colégio do México, na qual você pode ver os diferentes partidos políticos e os tons de pele de seus candidatos a diferentes cargos federais, estaduais e municipais.

“Esses são os tons de pele dos candidatos por partido. Os do #Morena não são os mais doces. Os de #PRIAN são tipicamente brancos. Siga o ótimo @rmcamposvazquez para mais pesquisas sobre o assunto!” , escreveu a jornalista em sua conta no Twitter.

Eles chamaram Viri Ríos de racista
Esse foi o tweet apontado sobre racismo pelos usuários (Foto: Twitter/Viri_Rios)

No entanto, essas informações não passaram despercebidas pelos internautas, que horas depois geraram a discussão sobre racismo e garantiram que os gráficos não eram relevantes, pois, mencionaram, o tom de pele não importava, pois esse discurso só gerava mais divisão na sociedade mexicana.

“Parece-me um exercício que, em vez de contribuir para uma melhor compreensão entre os mexicanos, independentemente da cor da pele, convida ao ressentimento e à violência. É de domínio público que aqueles que têm pele predominantemente branca em Mx são os que têm os níveis mais altos”, compartilhou um usuário identificado como @akibsiM.

Argumentos como cor da pele, religião ou sexo são tão estúpidos quanto discriminatórios. Quando os neurônios não dão mais, o ressentimento e a aparência do ser humano saem”, escreveu um internauta chamado @Alejandralrago2

Quem também dispensou o estudo sobre a cor da pele dos candidatos foi o youtuber Chumel Torres, que disse de sua conta no Twitter: “Obrigado pela pesquisa que ajuda minhas mães”.

Eles chamaram Viri Ríos de racista
Chumel Torres também se juntou às críticas (Foto: Twitter/ChumelTorres)

Algumas outras pessoas destacaram que Viri Ríos vive “complexada” por seu tom de pele e as condições sociais que são fomentadas pela discriminação que várias pessoas, por causa de sua tez, sofrem todos os dias devido ao racismo internalizado entre os mexicanos.

Por esse motivo, eles atacaram a acadêmica por “colocar filtros” em suas fotos, o que conseguiu fazer com que ela se sentisse “menos inferior”, pois lhe davam uma imagem diferente da realidade.

Em resposta a todas as reações, Ríos respondeu com um tweet, no qual ele disse que há uma agenda de pesquisa especificamente sobre a cor da pele na COLMEX, uma vez que é uma questão importante para descobrir o racismo que existe nos mexicanos

Infobae
Alguns usuários a chamaram também de professora da Universidade de Harvard de “autoconsciente” (Foto: Mike Blake/Reuters)

“E o que você acha? Que existe toda uma agenda de pesquisa sobre a cor da pele em @elcolmex!! Por quê? Porque isso importa. Porque é tão racista que a cor da sua pele influencia seu nível de renda, tipo de trabalho e até mesmo se você ganha uma eleição. Aqui —> http://colordepiel.colmex.mx”

Em uma segunda mensagem, ele retuitou um comentário de Raymundo Campos, que relatou que o estudo da cor da pele entre candidatos de diferentes partidos políticos é importante para determinar se há discriminação ao elegê-los e criar um sentimento de representatividade entre os eleitores.

“Estudar o tom de pele dos políticos é importante. Como em uma empresa, é importante estudar se as partes discriminam potenciais candidatos; e 2. Sentir-se representado é fundamental na democracia, e uma variável entre muitas é o tom de pele”, disse.

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