Uma homenagem sincera foi prestada ao líder indígena José Miller Correa, que foi finalizado na última segunda-feira, 14 de março, depois de presidir uma reunião em Popayán (Cauca). Horas depois, ele foi encontrado morto na estrada que leva da capital caucan ao município de Tambo.
Correa foi muito apreciado pelas comunidades indígenas naquela área da parte sudoeste do país, onde estudou na escola e iniciou sua liderança dentro das comunidades no sul daquela área do país.
Por esse motivo, eles o nomearam como 'Thu'tenas' (conselheiro) da Associação dos Conselhos Indígenas do Norte de Cauca (ACIN), conforme relatado no jornal El Tiempo.
Tacueyó foi o município onde, com assistência massiva, o líder social foi demitido, que repetiu o trágico destino de seu pai e foi morto em meio ao conflito que esse departamento do país sofreu.
“Vou sentir muita falta de Miller, de suas piadas, de seus ensinamentos, mas acho que vamos mantê-lo vivo se seguirmos seu legado”, disse naquele meio de comunicação o que Dora Muñoz, viúva de Correa, disse.
Além da enorme homenagem prestada a ele pelas comunidades indígenas de Cauca, também houve vídeos que eles fizeram sobre a vida de Correa e publicados em suas redes sociais pela mídia indígena, como alguns regionais.
Toribío Turístico, uma conta no Facebook da Guarda Indígena, Tejo de Comunicación Pueblo Nasa ao norte de Cauca e até mesmo na Instituição Educacional CECIDIC preparou os registros audiovisuais da biografia do líder.
Após esse assassinato, as ameaças contra essas comunidades não pararam, onde as auto-descritas Águias Negras emitiram um panfleto intimidante contra a senadora eleita Aida Quilcue, que afirmou que esses eventos são repetitivos, já que esta não é a primeira vez que ela é ameaçada, deve-se notar que em janeiro deste ano, Infobae relatou ameaças contra ele.
O senador indígena Feliciano Valencia destacou que pelo menos 89 indígenas foram mortos na Colômbia nos últimos quatro anos, a maioria deles naquele departamento. Durante a cerimônia fúnebre de Correa, o congressista pediu ao governo colombiano que lhes desse garantias de não continuar matando-os.
De acordo com Valencia, esses assassinatos ocorreram “especialmente no departamento de Cauca. Muitas ameaças, mas essas ameaças (...) estão se materializando, como foi o caso de Albeiro Camayo e Miller Correa”, referindo-se também ao ex-coordenador regional da guarda indígena de Cauca, morto em janeiro passado por dissidentes das FARC.
(Com informações da EFE)
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