No final da Assembleia de Membros de Proantioquia, realizada na manhã desta quinta-feira, 17 de março, no Jardim Botânico de Medellín, o presidente do Conselho de Administração dessa organização e também presidente do Grupo Argos, Jorge Mario Velázquez, não perdeu para responder, de acordo com ele, os ataques ao setor empresarial feitos pelo prefeito Daniel Quintero.
Em seu discurso, Velázquez assegurou que Quintero prejudicou Medellín com seu “discurso de ódio” contra as empresas de Antioquia e, nesse sentido, disse que não há oposição entre “o Estado, a academia e o setor privado”, afirmando que, historicamente, essa tríade tem sido responsável por promover “as principais transformações sociais” do país.
Deve-se lembrar que as declarações de Velázquez vêm após as fortes perguntas que o prefeito de Medellín fez aos empresários de Antioquia em janeiro passado, durante um diálogo com a revista Semana.
Na entrevista com a mídia de Bogotá, Quintero disse que o Antioquian Business Group (GEA) se assemelhava aos cartéis da máfia. “O que havia foram alguns cartéis, algumas máfias, onde a GEA, o Uribismo, o Fajardismo foram adicionados, e todos eles tinham um acordo para dar um passo e alguém independente chegou, ele colocou o dedo na ferida e isso os machucou muito”, disse o presidente local de Medellín à Semana.
As declarações polêmicas não passaram despercebidas pelos empresários de Antioquia, que, embora tenham sido falados na época, dois meses após as declarações de Quintero aproveitaram a Assembleia de Membros do ProAntioquia para lançar fortes críticas ao presidente local e, além disso, para defender o papel que privado enterprise jogou em Antioquia.
Nesse sentido, o presidente do Grupo Argos destacou ainda que as empresas privadas não podem “permitir que estigmatização, polarização, populismos e diatribes acompanhados de desqualificadores sejam inseridos no discurso de nossa sociedade, muito menos aceitar as declarações e declarações falaciosas do prefeito. está deteriorando o empreendedorismo de Antioquia”.
Em seguida, Velázquez destacou o trabalho realizado pela supervisão cidadã, órgão que ele indicou denunciou “as múltiplas irregularidades na gestão do aparato público da cidade”. Da mesma forma, o presidente do Conselho de Administração do Proantioquia expressou sua confiança de que as autoridades e respectivos órgãos de supervisão serão responsáveis por acompanhar e esclarecer tais queixas.
Por sua vez, o presidente Iván Duque, que também esteve na reunião, se juntou às perguntas contra o prefeito de Medellín, expressando sua preocupação com a mudança de construtores das mega-obras hidrelétricas Hidroituango.
As críticas dos empresários de Antioquia não passaram despercebidas pelo prefeito de Medellín, que, através de suas redes sociais, respondeu: “Além dos 4 bilhões recuperados, evitamos a perda de pelo menos dois bilhões de pesos para a EPM graças à saída da GEA do conselho de administração. Mau gerenciamento e negócios ruins foram feitos para quebrar o EPM.”
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