Ministério das Relações Exteriores visitou colombianos presos pelo assassinato do Haiti e deu-lhes apoio alimentar

Durante a visita, foi possível estabelecer o status dos presos e o futuro de três corpos que estavam neste país foi definido.

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Foto de archivo del asesinado presidente de Haití Jovenel Moise. EFE/Jean Marc Hervé Abelard/
Foto de archivo del asesinado presidente de Haití Jovenel Moise. EFE/Jean Marc Hervé Abelard/

O Ministério das Relações Exteriores da Colômbia confirmou que nas últimas horas o cônsul do país na República Dominicana viajou para Porto Príncipe, capital do Haiti, para levar ajuda humanitária aos 18 colombianos detidos pelo assassinato de Jovenel Moise, presidente da América Central país. Esta visita foi realizada com o objetivo de estabelecer o status dos capturados, seguindo as várias denúncias alegando a precariedade de seus direitos.

O cônsul Julio Santa chegou à ilha pelo aspecto humanitário, observando que conseguiu atestar que os detidos estão bem de saúde, além disso, receberam doações de alimentos na prisão de Porto Príncipe, onde permanecem atentos à resolução de seu futuro sistema judicial.

Em relação a esta visita humanitária, o Ministério das Relações Exteriores destacou: “O cônsul da República Dominicana, concomitante ao Haiti, entregou doações de alimentos à prisão de Porto Príncipe para os 18 colombianos presos por sua suposta participação no assassinato do presidente Jovenel Moise. O cônsul verificou que eles estão bem de saúde”. .

Por outro lado, segundo o jornal El País, há mudanças importantes para os ex-soldados que foram mortos em meio a esta operação que pôs fim à vida de Jovenel Moise, considerando que três colombianos morreram nesta ação, os corpos estão alojados no necrotério e foram identificados como Duberney Capador, que supostamente era o líder desta operação e, além disso, os dois ex-soldados Miguel Garzón e Mauricio Romero.

Romero, Garzón e Capador serão cremados pelo estado avançado de decomposição em que os corpos são encontrados, esta ação foi endossada pelos parentes do falecido, que verão o processo de incineração via web. Os parentes do falecido já haviam feito o pedido para realizar esse processo desde janeiro, mas até agora foram notificados pelo Governo Nacional e pelas autoridades do país centro-americano.

A execução deste assassinato ocorreu em 7 de julho de 2021, depois que 26 mercenários chegaram à casa onde morava o presidente haitiano, depois de entrar na casa, eles o executaram e atiraram nele também tentando acabar com a vida de sua esposa, Martine Moise. Entre esse grupo de homens estavam 18 ex-soldados colombianos, que tentaram se esconder em diferentes partes da cidade, mas foram capturados pelas autoridades.

O recrutamento dos participantes desse crime ocorreu por meio de quatro empresas sediadas nos Estados Unidos, segundo as autoridades. Alguns já conheciam o território de tal forma que facilitaram a incursão na casa de Moise, a primeira-dama conseguiu fugir em meio ao som de metralhadoras sendo disparadas no local, mais tarde foi levada para os Estados Unidos onde conseguiu se recuperar dos ferimentos e expôs tudo o que aconteceu. Deve-se notar que o governo dos EUA levantou sua voz de protesto em rejeição a esses eventos, e também enviou equipes de investigação para determinar em detalhes, cada um dos motivos do crime.

Os últimos meses do presidente do Haiti foram conturbados e controversos, já que essa tentativa de recuperar o país após o terremoto de 2010 e as consequências partiram 7 anos depois, Moise assumiu a presidência em 7 de fevereiro de 2017. Depois de assumir o cargo, em meio a seu mandato instável, surgiram rumores de que ele teria uma lista sobre figuras importantes do país que teriam a ver com tráfico de drogas e corrupção, no entanto, esse argumento não foi funcional para convencer o povo haitiano que exigia sua renúncia do ruas.

Em relação a este caso, o cidadão haitiano-chileno Rodolphe Jaar foi capturado na República Dominicana após ser informado de que havia entregue o arsenal de armas e munições aos ex-militares colombianos, além deste, o sargento colombiano aposentado, Mario Antonio Palacio, também foi capturado.

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