De Cartagena, onde Iván Duque participava de eventos relacionados à Marinha Nacional e ao Ministério de Minas e Energia, o presidente se referiu à fuga de Juan Larrison Castro Estupiñán, vulgo Matamba, que estava detido na ala extraditável de La Picota até o início desta sexta-feira.
O presidente garantiu que ficou indignado com a situação e anunciou medidas nesse sentido. Em primeiro lugar, Duque disse que conversou na manhã de 18 de março com o procurador-geral da nação, Francisco Barbosa, “para que todas as prisões necessárias sejam feitas àqueles que levaram a essa fuga pelo guarda prisional”.
Em segundo lugar, o presidente declarou que “não há mais ações de panos de água quente em frente ao INPEC” e que proporá uma reforma abrangente na gestão do sistema penitenciário e penitenciário colombiano, que foi atingida nos últimos dias pelo escândalo de permissão ao empresário Carlos Mattos, que foi detido na mesma prisão.
Finalmente, ele disse que colocou nas mãos da Diretoria de Investigação Criminal e da INTERPOL (Dijin) e da Diretoria de Inteligência Policial (Dipol) o plano para recapturar o pseudônimo Matamba.
Por sua vez, o Ministro da Justiça e Direito, Wilson Ruiz Orejuela, anunciou que foi lançado um plano de cadeado com o apoio da Polícia Nacional, do Dijin e do Exército para recapturar Castro Estupiñán. Além disso, pediu ao Ministério Público e à Procuradoria-Geral da República que investiguem aqueles que possam ter se envolvido na fuga.
Ruiz também informou ao país que a primeira captura foi feita para este incidente. Ele é um dragão do Inpec que serviu em La Picota e teria ajudado na fuga, embora o ministro não tenha elaborado sobre como ele contribuiu.
Como o presidente Duque, Ruiz também acredita que uma reforma abrangente do sistema prisional é necessária e participará de sua construção. Enquanto isso, o ministro disse que a polícia entrou para fortalecer a vigilância em La Picota “e investigações substantivas serão realizadas para combater atos de corrupção dentro das instalações prisionais”.
Embora esta seja a terceira vez que o pseudônimo Matamba já tentou escapar mais duas vezes, a advogada de defesa Ángelica Martínez Cujar garantiu à Rádio RCN que ficou surpresa com a fuga, pois seu cliente teria um procedimento judicial em 23 de março no Ministério Público 104 Especializado em Pasto. Além disso, segundo ela, ele estava disposto a colaborar com a justiça.
De acordo com o que Martinez revelou ao jornal El Tiempo, o vulgo Matamba tem informações sobre uma possível folha de pagamento paralela no Exército colombiano para facilitar os negócios do narcotráfico na região em que operava.
Ela então garante que não confia nas informações fornecidas pelas autoridades judiciais e teme que não seja uma fuga, mas um desaparecimento.
CONTINUE LENDO: