Enrique Gómez denunciou a censura da mídia regional que não lhe permitiu participar do debate presidencial

O político de direita ressaltou que ele foi o primeiro a se registrar no Cartório e, no entanto, eles não o reconhecem como candidato à Casa de Nariño.

Nos debates presidenciais que ocorreram no país, há quatro candidatos que sempre convidam nesses espaços: Ingrid Betancourt, Sergio Fajardo, Federico 'Fico' Gutiérrez e Gustavo Petro. No entanto, atualmente existem outros cinco candidatos na disputa eleitoral e, em 17 de março, um deles exigiu um espaço na mídia para socializar suas propostas. Este é Enrique Gómez, representante do Movimento Nacional de Salvação.

O candidato Gómez afirma ter solicitado espaço no debate, no entanto, a cota foi negada. Apesar disso, ele chegou às instalações do jornal El Colombiano, onde o evento aconteceria e foi recusada a entrada lá “por razões de segurança”. O político enfatiza que ele foi o primeiro a se registrar no cartório e, no entanto, eles não o reconhecem como candidato à Casa de Nariño.

Deve-se notar que o candidato enviou vários vídeos nos quais registra suas múltiplas tentativas de entrar no debate, mas não foi reconhecido. Depois de tanta insistência, ele descreveu a decisão da mídia regional, principalmente em El Colombiano, como censura.

Diante disso, Gómez optou por realizar seu próprio debate paralelo fora das instalações do jornal El Colombiano. O candidato reproduziu o sinal do evento em seu celular e estava discutindo suas propostas em cada ponto no Twitter.

Foi o que Gómez disse sobre pontos-chave para o país, como a descriminalização do aborto, as relações com a Venezuela, a migração, o sistema de pensões, entre outros:

Migração: “Não aos controles rígidos dos cidadãos venezuelanos que estão fugindo da ditadura, da fome e da repressão! Que tal quando Petro montar sua ditadura comunista eles não vão nos receber no Equador?”

Impostos: “Candidato Sergio Fajardo chega de impostos! Precisamos estimular a cultura de poupança nos colombianos”

Pensões: “A Colômbia precisa de uma reforma do sistema de pensões, claramente não a de Petro. Não à expropriação das economias dos trabalhadores!”

Vandalismo nos protestos: “Uma mão pesada e uma acusação imediata daqueles que destroem bens públicos e intimidam os cidadãos”.

Apesar de “intervir” no debate, Gómez publicou várias mensagens nas quais insiste que a qualidade do debate eleitoral é muito baixa. Ele garante, como vários colombianos de diferentes correntes políticas, que nesses espaços os candidatos estão sendo autorizados a atacar uns aos outros e muito pouco expor ideias.

Sobre a candidatura de Gómez

O candidato é advogado e sobrinho de Álvaro Gómez Hurtado, político assassinado há 27 anos. No ano passado ele recuperou a representação do partido Movimento Nacional de Salvação, fundado por seu tio, e decidiu concorrer à presidência. O homem, que se identifica como uma direita conservadora, diz que seu principal objetivo é reformar a justiça, e acabar com a impunidade e a corrupção.

“Vamos construir o Acordo sobre os Fundamentos para alcançar uma reforma abrangente da justiça, para garantir o cumprimento da lei, segurança e tranquilidade no campo e nas cidades, e que a lei nunca mais seja negociada com o terrorista e o bandido, para que possamos alcançar a transformação imediata de educação”, disse Gomez.

Deve-se notar que sua fórmula vice-presidencial será Carlos Cuartas.

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