Sigrid Bazán, legisladora do partido político Juntos pelo Perú, levantou a voz em protesto contra a possível decisão do Tribunal Constitucional para libertar o ex-presidente Alberto Fujimori, que foi condenado por 25 anos pelos crimes de La Cantuta e Barrios Altos.
Por meio de sua conta no Twitter, a parlamentar discordou dessa possibilidade de deixar o ex-presidente sem pena de prisão.
“Alberto Fujimori nunca pediu perdão ou se arrependeu e até agora não pagou uma única quantia de sua reparação civil; no entanto, amanhã o TC poderia derrubar a decisão do Judiciário que anulou o perdão ilegal e negociado, concedido a ele por razões políticas e não humanitárias”, o parlamentar escreveu em sua conta no Twitter.
A deputada Bazán fez essa referência, já que nesta quinta-feira, 17 de março, o Tribunal Constitucional verá um dos três casos em que o condenado Alberto Fujimori está sendo libertado.
Por seu lado, o relator, Ernesto Blume, propôs que o recurso fosse declarado fundamentado, rescindindo assim a sentença do poder judicial que anulou o perdão humanitário do ex-presidente que cumpre 25 anos de prisão pelos crimes de La Cantuta e Barrios Altos.
Este habeas corpus apresentado pelo advogado Gregorio Parco Alarcón contra a decisão do Supremo Tribunal Federal de revogar o benefício que, no Natal de 2017, foi concedido pelo então presidente Pedro Pablo Kuczynski para evitar ser desocupado do cargo.
MAIS SOBRE ALBERTO FUJIMORI
Lembremos que há alguns dias, Alberto Fujimori, foi levado às pressas para o hospital em Ate devido a uma complicação em sua saúde. Alejandro Aguinaga, clínico geral do ex-chefe de Estado, disse que sua saturação estava caindo e que isso estava afetando seriamente seus pulmões e coração.
“Ele descompensou às sete da manhã e começou a fazer fibrilação atrial com uma tremenda arritmia, e o forçou a levá-lo ao centro de saúde mais próximo”, disse seu médico de família à agência AFP naquele momento.
Vale ressaltar que o ex-presidente cumpre pena de 25 anos de prisão pelos massacres de Barrios Altos (1991) e La Cantuta (1992), onde um esquadrão da morte do exército assassinou 25 pessoas — uma criança, entre elas — em uma suposta operação antiterrorista quando era presidente.
Desde 2007, quando chegou ao Perú extraditado do Chile, tem sofrido repetidamente de problemas respiratórios e neurológicos (paralisia facial) e hipertensão. Em outubro de 2021, ele foi hospitalizado por problemas cardíacos e fez um cateterismo para colocar um stent, uma malha para abrir veias e artérias entupidas. Naquela época, ele foi hospitalizado por dois meses.
Keiko Fujimori, denunciou em outubro de 2021 que o governo esquerdista de Pedro Castillo planeja transferir seu pai da prisão, como parte de uma política para acabar com as chamadas “prisões douradas” influenciou a deterioração da saúde de seu pai.
Por outro lado, o governo anunciou em fevereiro de 2022 que continuava seu plano de mudar Fujimori para uma prisão comum quando seu estado de saúde permitir. Um tribunal peruano declarou infundado em maio de 2020 um recurso familiar pedindo a libertação de Fujimori da prisão devido ao risco de contrair COVID-19. (Com informações adicionais da AFP).
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