Rebeldes iemenitas se recusam a participar do diálogo de paz na Arábia Saudita

Os rebeldes houthi não participarão do diálogo final de paz se isso acontecer em Riad, porque consideram a Arábia Saudita um “inimigo” na guerra civil iemenita, disse o líder houthi à AFP na quinta-feira.

“Aceitaremos um convite para um diálogo que não aconteça no país inimigo”, disseram as autoridades houthi, anonimamente, garantiram que os rebeldes “sempre alcançarão a paz”.

Um chefe do Comitê de Cooperação do Golfo (CCG) disse à AFP na terça-feira que o Comitê de Cooperação do Golfo (CCG) pretende organizar um diálogo em Riade, que é baseado entre o governo iemenita e os rebeldes Houthi, para acabar com o conflito que o Iêmen vive há sete anos.

O Iêmen, o país mais pobre da Península Arábica, vive uma guerra devastadora desde 2014 entre Houty, apoiado pelo Irã, e um governo apoiado pelas Nações Unidas, liderado pela Arábia Saudita, onde os Emirados Árabes Unidos são um jogador-chave.

Nos últimos anos, os esforços diplomáticos feitos para aproximar as partes sob a orientação das Nações Unidas não chegaram a um acordo de paz.

Segundo as Nações Unidas, a guerra matou cerca de 380 mil pessoas e causou uma das piores crises humanitárias do mundo.

Uma reunião de doadores organizada na quarta-feira pelas Nações Unidas arrecadou US $4,3 bilhões de US $1,3 bilhão necessários para resolver a situação em um país à beira de uma fome massiva.

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