Para casos de violência sexual em escolas de Bogotá, 154 casos foram abertos contra professores

O Ministério da Educação informou que 85 por cento dos casos ativos foram relatados por meninas entre 13 e 17 anos de idade, tornando-as a população mais afetada

Guardar

O Ministério da Educação de Bogotá anunciou que, até o momento, existem 659 alarmes de possível violência sexual envolvendo menores em toda a cidade, dos quais 154 casos foram relatados em escolas públicas e privadas e já estão sendo investigados.

De acordo com a secretária de Educação, Edna Bonilla, esses relatórios foram tratados em tempo hábil. No entanto, ele observou que, à medida que mais casos vêm à tona na cidade, as denúncias de assédio ou abuso sexual nas escolas de Bogotá aumentam. Diante do panorama, o funcionário pediu aos pais e alunos que não deixassem esses eventos passarem e se reportassem às autoridades competentes.

O responsável explicou então que, dos 154 processos disciplinares abertos a servidores públicos por alegada violência sexual contra menores, 85% eram queixas envolvendo meninas entre 13 e 17 anos, enquanto 11% eram de alunos do ensino fundamental ou pré-escolar.

A Secretaria de Educação acrescentou ainda que, até o momento, entre os tipos de violência sexual investigados estão: acesso carnal ou ato sexual abusivo com pessoa incapaz de resistir, acesso carnal abusivo com menores de 14 anos, ato sexual abusivo, assédio sexual e desrespeito. Para esses eventos, o funcionário destacou que 54 professores foram removidos de suas postagens.

“Como Secretário, através de várias comunicações, expressei ao Procurador-Geral da Nação nossa vontade de continuar fortalecendo o trabalho conjunto que contribui para reduzir o tempo de processo penal, assim como estamos reduzindo o tempo para processos disciplinares dentro da entidade, respeitando os direitos fundamentais de todos. Esperamos, no entanto, maior velocidade nos processos e no trabalho conjunto e articulado”, disse Bonilla sobre a situação.

No contexto dessas denúncias, a Secretaria de Educação também informou que a entidade lançou uma série de medidas, com o objetivo não apenas de prevenir casos de violência sexual nas escolas da cidade, mas também para responder às denúncias em tempo hábil.

Como explicou Bonilla, entre as medidas tomadas, 200 novos conselheiros escolares foram vinculados para que crianças e jovens possam denunciar qualquer caso de violência sexual, e foi criada uma equipe de trabalho interdisciplinar, que será responsável por lidar com as queixas apresentadas com prioridade.

Da mesma forma, informou que “a equipe de advogados e psicólogos do Escritório de Controle Disciplinar Interno foi fortalecida para acelerar os casos de abuso sexual nas escolas”, assim como foi estabelecido que, nos casos de funcionários docentes e administrativos envolvidos em tais atos, eles serão impôs “o mais drástico de acordo com a lei”.

O Secretário de Educação concluiu reiterando sua rejeição a qualquer ato de violência contra estudantes, enquanto exorta os pais, funcionários e meninos, meninas e jovens, para denunciar qualquer ato criminoso que infrinja menores, a fim de iniciar uma ação legal.

CONTINUE LENDO

Guardar