Devido à situação econômica crítica no hospital San Francisco de Asís, em Chocó, que não paga seus salários a seus trabalhadores há vários meses, a equipe decidiu suspender os serviços lá. Esta situação, de acordo com a Ouvidoria, agrava a crise no centro de saúde e implica um impacto maior nos cidadãos que vêem o seu direito de acesso à saúde violado.
A entidade explicou que os funcionários do Hospital San Francisco de Asís devem sete meses de trabalho: agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro de 2021 e janeiro e fevereiro de 2022. Existem 600 pessoas, tanto da equipe médica quanto administrativa que são afetadas. Além disso, há efeitos no pagamento aos fornecedores. A responsabilidade da folha de pagamento do hospital atualmente é de $27.000.
Em 23 de fevereiro, o governo nacional, por meio do Ministério do Trabalho (MinTrabajo), garantiu que daria 8 bilhões de pesos ao centro de saúde para ajudá-lo a superar a crise econômica, no entanto, de acordo com a Ouvidoria, os recursos não foram transferidos.
Assim, o Gabinete do Provedor de Justiça instou o Governo a cumprir o compromisso no menor tempo possível. Além disso, convocou outras unidades governamentais a se unirem para garantir o direito à saúde dos pacientes e garantias trabalhistas para os trabalhadores.
No momento, funcionários da regional Chocó da Ouvidoria estão realizando visitas aos diferentes IPS de Quibdó para verificar o atendimento dos pacientes, uma vez que a situação difícil afeta todo o sistema de saúde daquela região do país.
Vale lembrar que o centro de saúde vinha enfrentando problemas há mais de um ano, mas a situação piorou depois que vários EPS no país foram liquidados. A decisão mais recente, que tem a ver com o fechamento de Coomeva, causou perdas para este hospital de cerca de 2 bilhões de pesos.
A situação do centro de saúde é crítica, mas as autoridades sustentam que ele continuará funcionando. O objetivo é resgatar o hospital e, uma vez superada a situação, ele será entregue ao departamento.
“O hospital não está fechado, temos de continuar a reforçá-lo e é uma instrução do Presidente da República para que isso seja resolvido o mais rapidamente possível, por isso a ideia é entregá-lo, mas temos como tarefa urgente já que o procedimento administrativo é cancelar as dívidas através do Superintendência Nacional de Saúde. O hospital será entregue ao Governo, mas sem dívidas e em dia”, disse Ángel Custodio Cabrera, Ministro do Trabalho depois de anunciar os recursos para o centro de saúde.
É preciso lembrar que, além dessa crise econômica, existem problemas de segurança. Pelo menos 30 pessoas, incluindo médicos, enfermeiros, assistentes e administradores do Hospital San Francisco de Assisi, receberam mensagens intimidadoras exigindo dinheiro deles em troca de não ameaçar suas vidas. Até Camilo Ramírez, que atuou como auditor do posto de saúde por um ano e oito meses, renunciou ao cargo por medo de ser violado.
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