Opositora Oneida Guaipe diz que Maduro está zombando dos venezuelanos ao prometer que o país produzirá dois milhões de barris de petróleo por dia

Ele alegou que o ditador “continua a mentir para o mundo” e ressaltou que, para recuperar a produção “é urgente reformar a lei dos hidrocarbonetos”.

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A opositora Oneida Guaipe disse quarta-feira que o ditador venezuelano Nicolás Maduro estava “zombando” dos venezuelanos ao prometer que o país produziria dois milhões de barris por dia (bpd) de petróleo até o final deste ano de 2022.

“Depois de destruir a Pdvsa, empresa que rivalizava com as melhores companhias petrolíferas do mundo, que produzia quase 3 milhões de barris de petróleo por dia, (...) hoje transformada por elas em sucata (...), propõe a produção de dois milhões de barris de petróleo por dia, zombando dos venezuelanos, que não garantem nem mesmo gasolina”, disse Guaipe, citado em comunicado à imprensa.

Há uma semana, Maduro reiterou que a meta de produção de petróleo deste ano é de dois milhões de barris por dia de petróleo, o que representaria um aumento de 153,8% em relação à produção de 788 mil barris por dia de fevereiro, bem aquém da meta de um milhão de barris por dia da dieta de 2021.

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Uma instalação de óleo da PDVSA em Lagunillas, Venezuela (Reuters/Isaac Urrutia/Arquivo)

A este respeito, o ex-parlamentar alegou que Maduro “continua a mentir para o mundo e para o país” e frisou que para recuperar a produção de petróleo da Venezuela “é urgente reformar a lei dos hidrocarbonetos”.

Em junho de 2019, vários deputados da então Assembleia Nacional (AN, Parlamento), com maioria da oposição, apresentaram o esboço de uma nova lei de hidrocarbonetos que prevê a participação de empresas com capital privado exclusivo na exploração de petróleo bruto, atividade anteriormente reservada ao Estado.

Vários economistas e especialistas em petróleo suspeitam que a produção de petróleo venezuelano chegará a dois milhões de barris por dia, e dizem que o país caribenho não teria capacidade para cobrir a lacuna de oferta de petróleo da Rússia como resultado das sanções do governo de Joe Biden, num cenário em que os Estados Unidos medidas contra a estatal PDVSA é mais flexível.

(Com informações da EFE)

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