O secretário nacional e magistrados do CNE foram convocados para debater sobre controle político perante o Congresso

As supostas irregularidades na contagem dos votos teriam forçado a oposição a recorrer ao debate, pois relatam 29 mil denúncias nas assembleias de voto realizadas em 13 de março

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O Secretário Nacional de Estado Civil Alexander Vega, juntamente com um grupo de juízes do Conselho Nacional Eleitoral, foram convocados para um debate de controle político perante o Congresso da República, devido a supostas irregularidades com a contagem de votos nas últimas eleições legislativas de 13 de março.

O anúncio foi feito pelo senador da Aliança Verde, Antonio Sanguino, que garantiu que grande parte do apoio prestado pelos eleitores de centro-esquerda não se reflete na contagem das urnas. “Vamos citar um debate de controle político porque o que está acontecendo aqui é absolutamente sério. No meu caso, é como se eu não estivesse no Congresso, como se tivesse passado de escândalo em escândalo, como se não tivesse feito campanha para que meu voto fosse reduzido dessa maneira, como diz o cartório”, disse o senador Sanguino.

O senador da Aliança Verde destacou um fato que muitas fotografias e vídeos evidenciaram nas redes sociais, e que foram os aparentes erros com os formulários E-14 ao somar votos. “Eu tive as informações de votos que não estão registrados e são pessoas que votaram em nós, que relataram esse voto, alterações nos formulários E-14, inconsistências na pré-contagem, aqui estão uma série de irregularidades que são adicionadas às 29.000 tabelas denunciadas pelo Pacto Histórico e pelo Cidadão Força e o denominador comum é que isso está acontecendo com as forças progressistas”, disse Antonio Sanguino.

O Partido Liberal também se pronunciou a esse respeito na liderança do senador Guillermo García Realpe, que apontou que um dos motivos que poderiam ter influenciado as irregularidades da votação foi a suspensão da Lei de Garantias.

“Há muitas motivações para um debate, como a flagrante compra e venda de votos por meio de congestionamento dos governos nacional, departamental e municipal, há uma vulgaridade desde a queda da Lei de Garantias, como um mau exemplo para todos os governantes. Há votos muito suspeitos, muito altos para algumas organizações políticas e cortes para certos candidatos do centro, centro-esquerda e esquerda”, disse o senador Liberal.

Após o fim do dia eleitoral do último domingo, 13 de março, o vencedor da consulta do Pacto Histórico, Gustavo Petro, denunciou que aproximadamente 29 mil assembleias de voto não registraram nenhum voto para aquela coalizão, fato que ele diz ser impossível.

Em suas declarações à mídia, o candidato presidencial afirmou que, “com um sistema de detecção precoce que estamos lançando, detectamos 29 mil tabelas de 112 mil que existem em todo o país onde não há um único voto para o Pacto Histórico, isso não é possível dado o magnitude da votação já demonstrada, já estão ocorrendo os procedimentos adequados para abertura dessas mesas e contagem de voto por voto”, afirmou.

Aparentemente, essa recontagem já começou a ter resultados. Na tarde desta quarta-feira, 16 de março, o senador Gustavo Bolívar, chefe da lista do Senado daquele grupo, anunciou em sua conta no Twitter: “O escrutínio está progredindo com sucesso para o Pacto Histórico. Na segunda-feira da próxima semana, os resultados serão oficializados e, não oficialmente, posso garantir que recuperamos 2 assentos e pode haver 3. Peço calma e desarme os protestos até que saibamos os resultados”.

Ressalta-se que desde que a contagem de votos foi encerrada e a verificação começou, houve milhares de reclamações relacionadas a somas de votos a favor de outros partidos e alteração de formulários E14 para omitir o voto a favor do Pacto Histórico.

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