A MGM, o lendário estúdio de cinema de Hollywood, juntou-se oficialmente aos estúdios e à plataforma de vídeo da Amazon, anunciou na quinta-feira a gigante do comércio eletrônico, que pagou US $8,45 bilhões para se armar melhor contra a concorrência no setor de entretenimento.
“Com mais de 4.000 filmes, 17.000 episódios de TV, 180 Oscars e 100 Emmy Awards, o estúdio histórico de quase um século complementará o trabalho da Prime Video e da Amazon Studios para oferecer aos clientes uma variedade de opções de entretenimento”, disse um comunicado da Amazon.
A Amazon anunciou em maio de 2021 a aquisição da MGM. O grupo de Seattle obteve assim um catálogo que inclui, entre outros, “James Bond” e “Rocky”, mas também dramas policiais como “O Silêncio dos Inocentes” ou “Instintos Baixos”.
Esta é a segunda aquisição mais cara da história da Amazon após a compra dos supermercados americanos Whole Foods por US $13,7 bilhões em 2017.
A Comissão Europeia em Bruxelas anunciou na terça-feira que autorizou a compra sem condições, considerando que a operação não colocou “nenhum problema de concorrência” na Europa.
No entanto, a transação enfrenta uma disputa nos Estados Unidos. Preocupados com o crescente poder da Amazon sobre o setor de streaming de vídeo por assinatura (SVOD), os sindicatos da área estão tentando evitá-lo, com o apoio de figuras políticas.
O Strategic Organizing Center, uma federação que afirma representar quase quatro milhões de funcionários, pediu à autoridade de concorrência dos EUA (FTC) que se oponha à transação.
Nesse sentido, ele estima que a Amazon controlará cerca de 56 mil títulos após essa operação, bem à frente de sua rival Netflix, que teria pouco menos de 20 mil títulos disponíveis.
Quando consultado pela AFP, a FTC se recusou a comentar o assunto.
Criada em abril de 1924 pelo dono do cinema Marcus Loew, a MGM tornou-se um dos estúdios mais importantes de Hollywood com uma constelação de estrelas como Greta Garbo, Joan Crawford, Clark Gable, Katharine Hepburn e Elizabeth Taylor.
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