María Angela Holguín foi vítima de falsificação de identidade nas eleições legislativas

Quando a ex-chanceler chegou à sua mesa de votação, os júris mostraram a ela que seu cartão estava riscado, como se ela já tivesse votado. Havia até uma impressão que supostamente pertencia ao proprietário do documento

La excanciller de Colombia María Ángela Holguín habla durante la presentación de su libro "La Venezuela que viví", el 25 de agosto de 2021, en la Biblioteca del Gimnasio Moderno, en Bogotá (Colombia). EFE/ Carlos Ortega

Entre a lista de colombianos que foram vítimas de irregularidades durante as eleições legislativas está a ex-ministra das Relações Exteriores Maria Angela Holguín. A diplomata dificilmente pode exercer seu direito porque quando se aproximou de sua mesa de votação, os júris indicaram que ela apareceu como se já tivesse votado. A denúncia foi feita pelo candidato presidencial da Coalizão Centro Esperanza, Sergio Fajardo, que é o atual parceiro romântico de Holguín.

O candidato do centro disse que quando Holguín se aproximou da mesa de votação e os júris lhe mostraram que seu cartão estava riscado, como se ele já tivesse votado. Havia até uma impressão que supostamente correspondia ao dono do cartão. Diante disso, Holguín demonstrou que acabara de chegar ao posto e relatou o caso ao cartório.

Depois de um tempo, e sob a condição de assinar documentos afirmando que a ex-chanceler não havia votado, ela pôde exercer seu direito.

Fajardo chamou a situação de rara e garantiu que já pediu uma investigação. O candidato garantiu que casos como esses não podem continuar sendo apresentados nos próximos dois dias eleitorais que serão realizados no ano.

No dia da eleição de 13 de março, ocorreram centenas de irregularidades, como pode ser visto a partir de relatórios recebidos por meio da Unidade de Recepção Imediata para Transparência Eleitoral (Uriel). A Procuradoria-Geral da República foi notificada de 131 denúncias de possíveis crimes eleitorais arquivadas na plataforma. Ressalte-se que isso foi notificado em território nacional, uma vez que nas eleições no exterior, o Ministério Público também tomou conhecimento de cerca de 62 denúncias, que serão avaliadas para apurar se há mérito para abrir um processo formal.

Foi relatado que no domingo a Polícia Nacional capturou 26 pessoas que teriam cometido crimes eleitorais. A maioria dos presos cometeu corrupção ao sufragante, falsidade pessoal, perturbação da disputa democrática e votação fraudulenta.

Uma das maiores inconsistências foi relatada pelo Pacto Histórico. A coalizão realizou um processo de supervisão muito rigoroso e neste eles encontraram mais de 486.000 que não haviam sido contados.

Nesse caso específico, o registrador nacional, Alexander Vega, indicou que, por enquanto, não se pode falar em fraude até que os resultados sejam registrados. Ele destacou que os resultados que foram publicados até agora são meramente informativos.

“Até agora os votos estão sendo contados, é por isso que é desinformação. Não se pode dizer que os votos não apareçam até que a contagem termine. É por isso que carregamos, como medida de transparência, todas as atas, de todas as tabelas”, disse o registrador nacional em diálogo com o jornal El Tiempo.

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