Justiça federal concedeu amparo à irmã de Emilio Lozoya no caso Agronitrogenados

Como resultado desta decisão, o mandado de prisão que já havia sido emitido contra ele é ineficaz.

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Um tribunal federal concedeu amparo a Gilda Susana Lozoya Austin, irmã do ex-diretor da Pemex Emilio Lozoya, revogando o mandado de prisão contra ela pelo crime de lavagem de dinheiro, em conexão com o caso da sucata Agronitrogenados.

A decisão dos juízes do Terceiro Tribunal Colegiado em Matéria Penal determinou que o juiz supervisor do Centro Federal de Justiça Criminal sediado na Prisão Norte, José Artemio Zúñiga Mendoza, para emitir uma nova decisão determinando se a Procuradoria Geral da República justifica a necessidade de cautela, que é necessária como pré-requisito para a liberação de um mandado de prisão.

No entanto, esta decisão não impede a emissão de um novo mandado de prisão contra Gilda Susana.

Recorde-se que a irmã de Emilio Lozoya é acusada do crime de lavagem de dinheiro, derivado dos supostos subornos concedidos por Altos Hornos de México no caso da usina Agronitrogenados, pela qual o ex-diretor da Pemex também é processado.

De acordo com o Ministério Público, de junho a novembro de 2012 Altos Hornos de México transferiu US $3 milhões para uma conta da qual Gilda Susana é beneficiária, dinheiro que - supostamente - teria sido usado para comprar uma residência no bairro de Lomas de Bezares. Por maioria de votos, os magistrados consideraram que o juiz de fiscalização fundamentou indevidamente e motivou a justificativa para a emissão da liminar.

Mas Gilda não está envolvida apenas no caso Agronitrogenados, mas também no caso da Odebrecht, a gigante da construção civil brasileira.

De acordo com as autoridades mexicanas, a irmã de Emilio Lozoya teria sido seu credor para receber o primeiro suborno da Odebrecht.

Segundo informações da imprensa, o “moche” era de 4 milhões de dólares (Emilio Lozoya havia pedido 5 milhões de dólares ao ex-diretor da Odebrecht no México, Luis Alberto Meneses Weyll, por “ajudá-lo” no posicionamento de sua empresa em Veracruz), dinheiro que foi para a conta de sua irmã Gilda Susana Lozoya Austin, na época dos 21 anos.

Gilda Lozoya era acionista e única beneficiária da Latin America Asia Capital Holding LTD, uma empresa offshore constituída nas Ilhas Virgens, recebeu depósitos de até US $3.150.000 entre abril e junho de 2012 de outra empresa ligada à construtora Odebrecht: Inovação Engenharia de Pesquisa.

Os 4 milhões de dólares que saíram do Brasil, depois transferidos para esta empresa nas Ilhas Virgens e depois para a conta de Gilda Susana, mantêm a irmã do ex-diretor da Pemex como fugitiva da justiça mexicana.

No caso da Odebrecht, Emilio Lozoya Austin é acusado de receber US $10,5 milhões por meio de propina, dos quais 4 milhões foram supostamente para a campanha presidencial e o restante para obras do governo.

Enquanto no caso de Agronitrogenados, é apontado para a fraude de 280 milhões de dólares para a compra e venda da fábrica de fertilizantes para a empresa Altos Hornos de México (AHMSA).

Depois de ser considerado como uma “testemunha colaboradora” da FGR, mas sem fornecer nenhuma prova concreta, Emilio Lozoya foi preso na Prisão do Norte em 4 de novembro de 2021, depois que o juiz José Artemio Zúñiga aceitou o pedido do Ministério Público de que procurava “obstruir e atrasar o processo” e que havia um risco de fuga.

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