Uma nova edição do Festival Nacional de Teatro Prisional acontecerá a partir de domingo, 20 de março, como recentemente confirmado por Johana Bahamón, diretora da Fundação Acción Interna, que está liderando este projeto que visa gerar espaços de reconciliação entre a população carcerária e a população civil, bem como destacar a importância da criação artística no processo de ressocialização das pessoas privadas de liberdade.
Pela primeira vez na história do evento, haverá a participação de um convidado internacional, pois cada encenação será feita por detentos das prisões do distrito de Bogotá, San Gil, Villavicencio, prisão Rodrigo Bastidas em Santa Marta, Prisão em Pasto e Centro de Reabilitação Renacer na cidade do Panamá.
“Nesta versão, pela primeira vez, temos um convidado internacional: a prisão do Panamá. E estamos muito felizes por podermos retomar o costume da peça vencedora que está sendo apresentada no Festival Ibero-Americano de Teatro em Bogotá.” , acrescentou Johana Bahamón.
Para Jhon Moscoso, que está privado de liberdade na prisão de San Gil e faz parte do grupo participante do Festival, “esta é uma oportunidade para conhecer e fortalecer um talento que muitos não conseguiram desenvolver”.
Entre as outras atrações do festival está que as obras que serão apresentadas lá são dirigidas por diretores nacionais renomados e com um histórico importante no trabalho com populações vulneráveis. Enquanto o júri de qualificação será composto por um grupo de especialistas e o público, que poderá votar no site da fundação Acción Interna.
Recorde-se que esta iniciativa, que ocorre desde 2014, conta também com a colaboração do Instituto Penitenciário Nacional e Prisional (INPEC), do Ministério da Justiça e da Escola de Artes e Música da Universidade Sergio Arboleda.
A inauguração do quinto Festival Nacional de Teatro Prisional 2022 acontecerá virtualmente no dia 19 de março, às 10 da manhã, através das redes sociais da Fundação. A cerimônia de abertura será apresentada pela jornalista Adriana Arango, que foi privada de liberdade e hoje é um exemplo de segunda chance para a população carcerária e adiada.
CONTINUE LENDO