Ivan Cepeda exigiu que Duque explique se a Colômbia armazenará armas nucleares ou biológicas dos EUA

O senador do Pacto Histórico diferiu da nomeação da Colômbia como aliada da OTAN e fez várias objeções ao presidente.

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O senador Iván Cepeda, do Polo Democrático, levantou um direito de petição contra o presidente da República, Iván Duque Márquez, para explicar se o acordo entre a Colômbia e os Estados Unidos para tornar o país “aliado estratégico da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO)”, possibilitará o armazenamento de armas nucleares e biológicas.

A denúncia do também deputado eleito sobre a lista do Pacto Histórico é dada porque o presidente garantiu que o acordo de seu governo com o do presidente dos EUA, Joe Biden, permitiria que a Colômbia fosse usada, supostamente, para tais fins.

Após essas declarações, Cepeda investigará “quais medidas são planejadas pelo governo colombiano para garantir que a implantação de equipamentos dos EUA em nosso território não se torne uma ameaça para a Colômbia e para a soberania nacional”, alertou o senador Petrista, que busca impedir que o país obtenha no conflito entre a Ucrânia e a Rússia.

Para o senador, que repetirá seu assento na próxima legislatura para a coalizão de Gustavo Petro, que Biden nomeia a Colômbia como membro da OTAN “ocorre em um momento crítico no cenário internacional” e por isso previu as implicações que traria para as nações envolvidas.

Além disso, Iván Cepeda pede ao chefe de Estado que esclareça se essa decisão foi liderada pelo Comitê de Relações Exteriores do Senado da República.

Deve-se notar que a Colômbia, com o status de grande aliado dos Estados Unidos na OTAN, pesa vários aspectos do ponto de vista de defesa e segurança, pois, neste caso, poderá acessar diferentes benefícios do desenvolvimento da defesa dos EUA, como acesso prioritário a equipamentos de segurança e eventualmente, o uso de créditos para a compra ou aluguel de equipamentos de proteção e defesa do país dos Estados Unidos.

“Essa é uma afirmação muito importante que inclui oportunidades no comércio, investimento, mas especialmente segurança, nos dá acesso privilegiado a importantes questões de segurança e nos permite, também, fortalecer nosso relacionamento com agências dos Estados Unidos na área de cooperação, em termos de financiamento e, claro, para nós, uma oportunidade em matéria de comércio e investimento, também são reconhecidos pelas empresas americanas, sob essa figura como um país seguro, estável e confiável para investimento a curto, médio e longo prazo, então eu acho que é muito significativo, sabendo além disso, é um status que muito poucos países no mundo teve e isso tem que elevar a Colômbia, precisamente para essa condição, uma vez que é absolutamente prático, mas trará benefícios aos nossos cidadãos”, disse o presidente Iván Duque.

Embora, na época, tenha surgido polêmica sobre a possibilidade de estabelecer bases norte-americanas em território colombiano, com essa designação o quadro muda minimamente, já que a Colômbia pode ter elementos militares norte-americanos no país, classificados como reserva para suas operações armadas em todo o mundo.

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