Claudia López e a promotora Barbosa confirmaram data da reunião para enfrentar abuso sexual nas escolas

O prefeito de Bogotá apresentará ao promotor uma estratégia para lidar com esses casos de violência sexual em instituições educacionais

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A prefeita de Bogotá, Claudia López, confirmou que amanhã, sexta-feira, 18 de março, se reunirá com o procurador-geral da Nação, Francisco Barbosa, às 4:00 da tarde. O presidente apresentará uma estratégia para fortalecer a rota de atenção, investigação e acusação de denúncias de abuso e violência sexual contra crianças nas instituições educacionais da cidade.

“O Procurador da Nação, Francisco Barbosa, me confirmou que amanhã sexta-feira às 4h da tarde ele está nos recebendo. Ele tem um compromisso total como o do nosso Ministério da Educação e temos da Prefeitura de Bogotá”, disse o prefeito em uma coletiva de imprensa realizada na cidade de Barrios Unidos.

Deve-se lembrar que a reunião foi levantada depois que vários casos de abuso sexual foram ouvidos em escolas de Bogotá. De fato, o Ministério da Segurança indicou que até agora este ano houve 702 casos na capital, dos quais 276 são crianças menores de 14 anos, ou seja, cerca de 40% dos casos relatados.

Diante dessa situação, a prefeita explicou que proporá ao Procurador que repita a estratégia apresentada pelo Distrito em casos de violência contra as mulheres. “Está funcionando bem para processar homicídios”, disse López e acredita que, se o mesmo procedimento for aplicado em escolas públicas e privadas de Bogotá, será possível “processar a violência contra crianças e jovens”.

O presidente local pretende ter uma equipe especializada nas casas de justiça e URIs que complemente a rede de segurança que já possuem nas escolas, “para que possamos prevenir e punir”, acrescentou.

Claudia López ressaltou que “alguém que toca, apalpa, abusa, estupra um de nossos filhos, devemos poder prendê-lo, processá-lo e que não há impunidade a esse respeito”. Ele também enviou uma mensagem aos pais que buscaram maior prevenção e justiça diante dos casos recentes.

“Quero agradecer aos pais que levantaram a voz e exigem que unamos forças para proteger as crianças, para que não sejam assediadas pelos jíbaros nas escolas”, disse o presidente. Ele também destacou que a Prefeitura, o Ministério Público, pais, professores, presidentes, coordenadores e conselheiros estão do mesmo lado, “na mesma cruzada (...) unindo esforços para proteger nossos filhos que são nosso tesouro”, acrescentou.

Recentemente, a Personería de Bogotá rejeitou os comportamentos dos professores envolvidos em casos de abuso e indicou que monitora todas as ações dos servidores na cidade e garantirá o cumprimento da lei e o respeito aos direitos humanos. Também abriu um inquérito preliminar contra servidores públicos vinculados à Secretaria de Educação Distrital.

A Representante Delegada para Assuntos Disciplinares, Silvia Juliana Arciniegas, informou que “constatamos que dos mais de 2.000 processos realizados pelo Ministério da Educação, 150 estão relacionados a atos de violência sexual contra menores”. Por sua vez, ele indicou que os comportamentos mais repetidos são: tocar, beijar abusivo, assédio, abuso sexual; e encontramos uma nova tipologia ou conduta: assédio sexual por meio das redes sociais.

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